Em laboratório, pesquisadores sintetizaram fragmentos da proteína Spike (que o vírus usa para penetrar nas células) denominadas PSPD-2001; PSPD-2002 e PSPD-2003, e as adicionou na água onde os girinos estavam – Ilustração cedida pelo pesquisador
POR – JÚLIO BERNARDES (JORNAL DA USP) / NEO MONDO
Exposição de girinos às proteínas do vírus levaram à produção de radicais-livres que danificaram células, além de problemas no sistema nervoso dos anfíbios
Pesquisa com participação do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP identificou os efeitos de fragmentos do vírus da covid-19 presentes em águas residuárias na vida silvestre. Por meio de testes com animais, os pesquisadores verificaram que proteínas do vírus estimulam a produção de radicais livres, substâncias que causam danos às células do corpo, e também induzem a alterações no sistema nervoso. O trabalho foi feito por uma equipe liderada pelos pesquisadores Ives Charlie da Silva, pós-doutorando do ICB, e Guilherme Malafaia, do Instituto Federal (IF) goiano, em Urutaí (Goiás).