Foto – Divulgação
POR – REDAÇÃO NEO MONDO
Espécie, maior mamífero terrestre da América do Sul, encontra-se ameaçada de extinção. Zeus, como está sendo chamado, é o quarto filhote de anta que nasce na fazenda em apenas um ano. Os animais fazem parte do programa de conservação
A Fazenda Trijunção acaba de anunciar a chegada de mais um morador em seu criadouro conservacionista: no início de agosto, nasceu Zeus, a mais nova anta (Tapirus terrestres) do plantel. Agora, a família de antas soma 15 animais vivendo em uma área protegida e monitorados por uma equipe multidisciplinar, composta por biólogos, zootecnistas, médicos veterinários e colaboradores treinados, que auxiliam no manejo, sanidade e reprodução para garantir a conservação e a proteção da espécie. Localizada na junção entre três estados brasileiros – Minas Gerais, Bahia e Goiás – a Fazenda possui mais de 33 mil hectares de remanescentes de Cerrado, cercados de vida silvestre e vegetação nativa e, abriga também uma pousada de mesmo nome.
Zeus nasceu lindo e saudável, pensado cerca de 8,855 kg após uma gestação de 13 meses. Ele foi o quarto filhote de anta a nascer no período de um ano, desde agosto de 2021. “Sua chegada reforça a qualidade do trabalho que vem sendo realizado no criadouro conservacionista. Estamos colhendo bons frutos, preservando a biodiversidade e garantindo cada vez mais espécimes para projetos de soltura”, afirma Renata Pitombo, Zootecnista e responsável pelos criadouros da Fazenda Trijunção.
Fruto de um casal que se conheceu na fazenda — o pai chegou de outra instituição em 2011 e a mãe nasceu no local em 2015 — o pequeno Zeus, quando adulto, pode chegar a 300Kg, um metro de altura e até dois metros de comprimento. A importância de anunciar esse nascimento não é por acaso: a anta, maior mamífero terrestre da América do Sul, está classificada como uma espécie vulnerável pela IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza).
Em prol da biodiversidade do Cerrado
Hoje, o criadouro conservacionista da Fazenda Trijunção abriga mais de 250 animais, entre jabutis tinga, antas, emas, queixadas, catetos, veados catingueiros e lobos-guará, auxiliando na sobrevivência e reestabelecimento de populações. Por lá, a equipe também desenvolve estudos e prepara os animais para projetos de soltura e reintrodução, em parceria com instituições como Refauna, e Onçafari. Os amplos recintos possibilitam pouco contato com humanos, permitindo que os animais desenvolvam seu comportamento natural e, assim, estejam mais adaptados quando encaminhados para programas de soltura.
“As principais funções do nosso criadouro são a manutenção de um banco genético e a educação ambiental. Temos como objetivo, a educação ambiental da população local e principalmente crianças, no entendimento da importância da conservação das espécies do cerrado e de outros biomas”, continua Renata. Nesse sentido, também convidamos os hospedes da pousada Trijunção a participarem do programa de educação ambiental, através de atividades com nossa equipe técnica, desenvolvendo visitas monitoradas, incursões pelo bioma cerrado e palestras.
Os hóspedes são constantemente convidados a conhecer os criadouros, vivenciar os projetos de conservação é uma forma de aprender sobre dados e curiosidades de cada espécie, e descobrir os caminhos que proporcionam a preservação ambiental. Está entre as missões do Pousada Trijunção criar verdadeiros guardiões do cerrado.