Imagem – Pixabay
POR – REDAÇÃO NEO MONDO
Amanhã, dia 16 de novembro, às 4h30 (horário de Brasília), a Coalizão Energia Limpa – transição justa e livre do gás é lançada durante a mesa-redonda “Por que gás não é transição energética” que acontece no Brazil Climate Action Hub, durante a 27ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-27) no Egito. O objetivo da nova aliança é excluir o uso do gás natural como fonte de energia para a geração de eletricidade no Brasil até 2050.
Link para a transmissão: https://www.brazilclimatehub.org/agenda/transicao-energetica-justa-no-brasil-caminhos-para-o-setor-de-petroleo-e-gas/
Infelizmente, o Brasil tem investido cada vez mais na formação de demanda e na ampliação da oferta de gás natural, especialmente, no setor elétrico. Apenas em 2021, a lei da privatização da Eletrobras (Lei nº 14.182/2021) incluiu a contratação compulsória de 8 GW provenientes de termelétricas a gás, a serem instaladas entre 2026 e 2030, em estados sem infraestrutura de gasodutos. Ainda no ano passado, 14 térmicas a gás natural foram contratadas no leilão emergencial de outubro.
De acordo com o Plano Decenal de Expansão de Energia 2030 (PDE 2030) divulgado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), a produção de gás natural deve aumentar de 130 milhões para 276 milhões de m3/dia até 2030 no Brasil. Somado a isso, o planejamento de 21 novos terminais de gás natural liquefeito (GNL) mostra a possibilidade de importação do combustível dos Estados Unidos e de outros países. A ampliação de sua importação é sinalizada pelos projetos de 12 terminais de regaseificação, além dos cinco já existentes.
Em um momento de emergência climática global em que o Brasil poderia ampliar ainda mais o potencial de energias renováveis para acelerar a transição energética, o país opta por aumentar a instalação de termelétricas e sua infraestrutura ao invés de congelar tais investimentos.
A Coalizão Energia Limpa – por uma transição energética socialmente justa e livre do gás é formada por um grupo brasileiro de organizações da sociedade civil comprometido com a defesa de uma transição energética socialmente justa e ambientalmente sustentável no Brasil. Fazem parte dela as organizações: IEMA, Instituto Internacional Arayara, Inesc, Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), ClimaInfo e Instituto Pólis.
Organizações Realizadoras:
• Arayara.org
• DIEESE
• FUP
• Sindipetro-RJ
• IEMA
• INESC
• Climainfo
• iCS
Painelistas
• Jean Paul Prattes (Senador)
• Pedro Campos (Deputado Federal eleito)
• Rodrigo Yamim Esteves (Diretor do Sindipetro-RJ)
• Gerson Luiz Castellano (Diretor da Secretaria de Relações Internacionais da FUP)
• Cloviomar Cararine Pereira (Técnico do DIEESE na subseção da FUP)
• Luiz Ormay Jr (Coordenador de Litigância da ARAYARA.org)
• Ricardo Baitelo (IEMA)
• Cássio Carvalho (Inesc)
• Amanda Ohara (Instituto Clima e Sociedade)