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POR – AGÊNCIA CONVERSION, PARA NEO MONDO
Setor da tecnologia busca aplicar medidas mais sustentáveis dentro de data centers para diminuir emissão de carbono na atmosfera
Cerca de 2% de todos os gases poluentes emitidos na atmosfera vêm do setor da tecnologia, com os data centers se destacando como os maiores emissores de carbono do setor. Os data centers são instalações físicas utilizadas para hospedar grandes quantidades de dados, que vão desde aplicativos até servidores inteiros. São indispensáveis para manter qualquer tipo de serviço em rede funcionando, mas, em contrapartida, é necessário manter essas máquinas ligadas 24 horas por dia, o que envolve a utilização de uma grande quantidade de energia elétrica e, consequentemente, a emissão de poluentes.
Apesar de ser um problema que demonstra grande preocupação há alguns anos, um levantamento realizado pela consultoria Capgemini aponta que apenas 15% das empresas da área buscam adotar medidas para diminuir a produção de carbono dos seus hardwares. A popularização das criptomoedas intensificou a situação, pois, desde então, a quantidade de supercomputadores e outros tipos de máquinas ligados de forma ininterrupta para minerar ativos cresceu em um ritmo incontrolável.
Para especialistas na área, é necessário que haja uma conscientização coletiva a respeito da limitação de recursos naturais e como isso também pode impactar o setor da tecnologia. Atualmente, muito é discutido a respeito das possibilidades de se alterar esse cenário, mas é preciso ir um pouco além e adotar uma abordagem mais prática, que experimente estas alternativas na base de tentativa e erro. Por anos, o mercado segue buscando soluções que acabam ficando somente na teoria, já que pouquíssimas empresas acabam colocando em prática o que é discutido.
O uso de inteligência artificial para otimizar esses processos já está sendo estudado, onde estima-se que, até 2024, já seja possível reduzir a emissão de gases em até 16% (ainda de acordo com o estudo da Capgemini). Contudo, as principais medidas imediatas envolvem a formação de times especializados em sustentabilidade, que estudem formas de controlar melhor a exploração de recursos naturais (especialmente, água e energia) e estabeleçam metas em médio e longo prazo, buscando aplicar soluções práticas dentro da empresa.
O mercado de tecnologia carece de funções como essa, por isso acaba servindo de abertura para oferecer mais oportunidades de trabalho. Investir em sustentabilidade também significa mais empregos no RJ, em SP e em qualquer lugar do Brasil e do mundo. Quando a empresa é sustentável, todos saem ganhando, pois é uma política que traz benefícios para o planeta, para a sociedade e também para os negócios, de um ponto de vista econômico.