Baruzeiro, árvore nativa da região do Cerrado – Foto: divulgação
POR – REDAÇÃO NEO MONDO
Projeto visa comprovar que é possível estimular a produção local dentro das diretrizes de respeito ao meio ambiente
Um dos símbolos do Cerrado, o baru é um daqueles alimentos com alto valor nutricional, pois é rico em proteínas, fibras, ácidos graxos e minerais. Fruto do baruzeiro, uma árvore nativa da região que pode alcançar até 20 metros de altura, é uma castanha de casca dura que em seu interior tem uma espécie de amêndoa. Agora, esse fruto da região começa a ganhar espaço também na culinária de outras partes do país por seu sabor e suas propriedades nutricionais.
O uso e a comercialização do baru, principalmente da amêndoa (semente), tem proporcionado melhorias na renda dos agroextrativistas do Cerrado, além da valorização dos modos de vida e dos territórios de ocorrência, contribuindo para a conservação das áreas nativas usadas sustentavelmente para a coleta. Essa espécie apresenta uma multiplicidade de usos, por exemplo, alimentar e medicinal. Mas, apesar dessa relevância e importância, ainda necessita de melhorias e avanços nessa cadeia extrativista como um todo, considerando aspectos de comércio justo, perpetuidade da espécie, transparência e equidade nas relações.
O que é o Projeto Ceres?
Com investimento total de 5,5 milhões de euros, o Projeto Ceres (iniciais de Cerrado Resiliente) reúne a União Europeia e o Instituto Sociedade, População e Natureza (ISPN), WWF-Brasil e WWF-Paraguai, organizações não governamentais do Brasil e Paraguai, tendo o WWF-Holanda como proponente. O objetivo do projeto é, em quatro anos, desenvolver soluções inteligentes para o clima que possam ser aplicadas em outras savanas pelo mundo.