Serviço de coleta de resíduos urbanos – Foto: Divulgação
POR – REDAÇÃO NEO MONDO
Iniciativa da Veolia dá visibilidade à operação de gestão de resíduos – da coleta ao aterro sanitário – e elucida corresponsabilidade do cidadão no processo
Cada brasileiro gera, em média, um quilo de lixo por dia, segundo dados de um estudo da ABREMA – Associação Brasileira de Resíduos e Meio Ambiente. Mas você já parou para refletir sobre o que acontece com esses resíduos depois de deixá-los em frente à sua casa para serem coletados?
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Na maioria das cidades, após a coleta, os resíduos são encaminhados para aterros sanitários, onde recebem tratamento adequado para minimizar impactos ambientais e proteger a saúde pública. O que muitos ainda desconhecem são os processos e as tecnologias envolvidas nessa jornada ecológica, que podem agregar um potencial de valorização dos resíduos – que podem até ser transformados em combustível e energia elétrica.
Para ampliar a conscientização sobre o trajeto e as diferentes etapas pelas quais os resíduos passam até sua destinação final, a Veolia, referência mundial em transformação ecológica, lança a segunda edição da campanha “O Caminho do Lixo”. Essa iniciativa educativa destaca o trabalho desenvolvido pela empresa e as tecnologias aplicadas para garantir a correta destinação dos resíduos e regeneração de recursos.
Além disso, a campanha reforça a importância da responsabilidade compartilhada: para que todo o processo seja realizado de forma eficiente, é essencial a colaboração dos cidadãos. A ação abrange mais de 20 municípios do litoral e leste catarinense onde a Veolia atua com operações de coleta, destinação e/ou tratamento de resíduos.
“Retomamos e atualizamos essa campanha anualmente porque é fundamental que as pessoas compreendam o destino dos resíduos que descartam e percebam que desempenham um papel essencial nesse processo. A grande novidade deste ano é a criação de um gibi infantil e um jogo interativo via aplicativo, com desafios sobre a separação de resíduos. Acreditamos que envolver as crianças é fundamental para que esses processos se tornem cada vez mais eficazes e o futuro mais sustentável” – comenta Hanokh Yamagishi, diretor da Regional Sul da Veolia Brasil.
Com essa abordagem inovadora, a Veolia reforça seu compromisso com a educação ambiental e a construção de um futuro mais sustentável.
Responsabilidade compartilhada
Estima-se que um coletor percorra diariamente 20 quilômetros durante a sua jornada de trabalho. A atividade requer bastante esforço físico desses profissionais para manter o ambiente limpo e gerar bem-estar para a população. E para que a execução desta tarefa seja completa, é importante contar com a responsabilidade compartilhada por parte do cidadão.
O primeiro passo é separar adequadamente resíduos sólidos orgânicos – como sobras de alimentos – dos recicláveis, que podem ser reaproveitados e transformados. Depois, respeitar os cronogramas e colocar para fora os resíduos nas datas e horas determinadas para cada tipo de coleta. Isso evita que os sacos de lixo expostos sejam rasgados e espalhados pela rua.
Também é importante prender os animais durante a coleta, para que eles não corram atrás dos coletores, nem ofereçam perigo. Além do cuidado com resíduos perfurocortantes como pedaços de vidros, tampas serrilhadas de latinhas de conserva e palitos de churrasco, por exemplo, que devem ser bem embalados em materiais resistentes para evitar acidentes com os coletores na hora de manusear os lixo. Agulhas precisam ser descartadas em locais específicos como farmácias e postos de saúde. Seguindo estas etapas, está cumprida sua atitude cidadã.
Vale saber
Os resíduos sólidos urbanos, aqueles que você produz no dia a dia na sua casa ou em estabelecimentos comerciais, são coletados por profissionais comprometidos com a saúde pública e a limpeza urbana. Este serviço público envolve caminhões compactadores que percorrem as ruas de acordo com um itinerário e cada cidade tem autonomia para fazer a gestão dos resíduos. Recicláveis são direcionados às cooperativas ou centros de reciclagem, enquanto o lixo orgânico é enviado para os aterros sanitários. A Veolia opera com serviços distintos em cada região, conforme contratos municipais, passando pela coleta, destinação e tratamento dos resíduos. No geral, todo lixo tem que ir para um aterro sanitário, que na Veolia são chamados de EcoParques – ambientes que oferecem uma estrutura tecnológica e processos apropriados para tratamento dos resíduos, criando uma operação mais sustentável e com potencial de valorização pela sua transformação, como no caso das termoelétricas ou CDRs (combustíveis derivados de resíduos), contribuindo com a economia circular.
Diferentes de lixões, em que os resíduos são descartados sem cuidado sobre o solo e a céu aberto, contaminando lençóis freáticos e emitindo gases poluentes à atmosfera, os EcoParques utilizam princípios de engenharia e técnicas sanitárias de impermeabilização para revestir o solo antes do material coletado ser despejado. Já sobre a manta impermeabilizante, os resíduos são cobertos por camadas de terra, evitando odor, infiltração da água da chuva e emissões totais de poluentes, provenientes da decomposição dos materiais orgânicos ali depositados.
Durante a decomposição dos resíduos, são gerados o chorume e gases de efeito estufa, como o biogás. “Em nossos EcoParques, contamos com um sistema que capta o chorume produzido e o direciona para uma Estação de Tratamento de Efluentes estruturada para reter a matéria orgânica e tratar a água, de modo que possa retornar com qualidade ao meio ambiente. Além disso, cinco dos 10 EcoParques que operamos no Brasil contam com usinas termelétricas, que utilizam o biogás para gerar energia elétrica. Hoje, temos 17,2 MW de capacidade instalada, quantidade suficiente para atender o equivalente a uma cidade de aproximadamente 55.500 habitantes”, conta Hanokh.