O Hub é um centro pulsante de ação solidária, educação alimentar, geração de renda e respeito à dignidade – Imagem gerada por IA – Foto: Divulgação
POR – OSCAR LOPES, PUBLISHER DE NEO MONDO
Em uma das regiões mais desiguais do país, Coca-Cola Brasil e Ação da Cidadania lançam uma estrutura permanente que vai muito além da COP30: um espaço de cuidado, capacitação e combate à fome que planta futuro onde antes havia abandono
Na encruzilhada entre o colapso climático e a exclusão social, em uma Belém que se prepara para acolher líderes do mundo inteiro durante a COP30, uma iniciativa concreta e transformadora brota do chão amazônico: o nascimento do Hub de Segurança Alimentar e Nutricional, fruto da aliança entre a Coca-Cola Brasil e a histórica Ação da Cidadania.
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Mais do que infraestrutura, o Hub é uma ideia-fonte. Um centro pulsante de ação solidária, educação alimentar, geração de renda e respeito à dignidade. Com um investimento de R$ 3 milhões, sendo R$ 1,5 milhão destinado pela Coca-Cola Brasil à implantação do espaço, o Hub assume a missão de ser um legado permanente para Belém — e para os povos que há séculos habitam e sustentam a Amazônia.
“O Hub vai muito além da COP30. Ele representa uma nova arquitetura social. Um lugar onde comida, capacitação e futuro caminham juntos, com raízes fincadas na dignidade”, afirma Rodrigo “Kiko” Afonso, diretor-executivo da Ação da Cidadania.
Onde há fome, não há cidadania
Inspirado no modelo já implementado no Rio de Janeiro, o Hub de Belém será muito mais que uma cozinha comunitária: será um ecossistema de cuidado. Organizado em quatro frentes de atuação, o projeto reúne:
- Cozinha de Alimentos, com capacidade para produzir até 1.000 refeições por dia;
- Banco de Alimentos, que fará a triagem e redistribuição de alimentos para entidades sociais e comunidades vulneráveis;
- Hortas Comunitárias e Áreas Verdes, que promovem autonomia alimentar e soberania dos territórios;
- E a futura Escola de Gastronomia Social, que oferecerá cursos gratuitos, formação técnica e inclusão produtiva.
Durante a COP30, o Hub será responsável pela alimentação de mais de 4 mil voluntários, com cotas destinadas a indígenas, quilombolas e pessoas com deficiência. Depois da conferência, seguirá funcionando como um centro vital para o combate à fome e à desigualdade na região.
A Amazônia tem sede de justiça — e fome de prioridade
Implantar um hub de segurança alimentar no coração da maior floresta tropical do planeta é mais que simbólico. É urgente. É reparador. É estratégico.
Em um território repleto de biodiversidade e de saberes alimentares ancestrais, milhões ainda enfrentam insegurança alimentar crônica. O Hub chega como resposta concreta, com uma abordagem sistêmica e intersetorial: combate à fome, estímulo à produção local, compra direta da agricultura familiar, capacitação profissional e práticas sustentáveis como compostagem e uso de embalagens recicláveis.
“Acreditamos que o combate à fome não é uma ação isolada, mas um esforço coletivo. Estamos comprometidos com soluções práticas, duradouras e alinhadas às necessidades dos territórios”, afirma Katielle Haffner, diretora de Sustentabilidade e Relações Corporativas da Coca-Cola Brasil.
Um legado que se planta no presente
O Hub de Belém se conecta a uma trajetória de décadas da Coca-Cola Brasil na Amazônia. Só no Pará, a companhia mantém duas fábricas, quatro centros de distribuição e nove distribuidores parceiros, gerando mais de 1.300 empregos diretos e cerca de 4 mil indiretos. Projetos como o Água + Acesso, Olhos da Floresta, Cozinhas Solidárias, Coletivo Jovem e Recicla Solar mostram um compromisso contínuo com o desenvolvimento social e ambiental da região.
Já a Ação da Cidadania, criada por Betinho, é referência nacional no combate à fome. Sua atuação humanitária e estruturante conecta a entrega emergencial de alimentos com a defesa de políticas públicas, sempre com base na ética da solidariedade.
Quando o alimento é também afeto, pertencimento e transformação
O Hub em Belém não será apenas um equipamento urbano. Será um lugar de escuta, afeto e reconstrução. Um espaço onde comer não será mais um privilégio, mas um direito assegurado com respeito, ciência e amor ao território.
Em tempos de emergência climática e de desnutrição social, esse gesto tem o poder de reacender algo essencial: a confiança de que o setor privado, quando comprometido com o bem comum, pode ser parte da solução.
O mundo estará olhando para a Amazônia em 2025. E o que Belém está fazendo agora é afirmar, com coragem e compaixão: a fome não será nosso legado. A esperança, sim.