[vc_row][vc_column][vc_empty_space height=”50px”][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_column_text]
COMUNICAÇÃO X ENGAJAMENTO
[/vc_column_text][vc_empty_space height=”10px”][vc_separator color=”custom” border_width=”3″ accent_color=”#006e39″][vc_empty_space height=”10px”][vc_column_text]
POR -ELENI LOPES, DIRETORA DE REDAÇÃO
[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_empty_space height=”10px”][vc_column_text]
Para conscientizar sobre as mudanças climáticas, a comunicação é a arma mais eficaz para engajamento e ação.
[/vc_column_text][vc_empty_space height=”10px”][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_empty_space][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_column_text]Com base nesta premissa, pesquisadores do CRED – Centro de Pesquisas sobre Decisões Ambientais lançaram a cartilha A Comunicação das Mudanças Climáticas: Um guia para cientistas, jornalistas, educadores, políticos e demais interessados (http://adaptacao.mma.gov.br/wp-content/uploads/2016/08/CRED_2016_Comunicacao_das_mudancas_climatcas.pdf).
O CRED é um centro de estudos interdisciplinar que realiza pesquisas sobre processos decisórios individuais e coletivos, no contexto de incertezas climáticas e riscos ambientais. Os objetivos da instituição incluem contribuir com o conhecimento sobre reações humanas às mudanças climáticas e às variações do clima em geral, bem como com a melhoria da comunicação e o aumento do uso de informações científicas nessa área.
Localizado na Universidade de Columbia, em Nova Iorque, o CRED é afiliado ao Instituto da Terra (Earth Institute) e ao Instituto de Pesquisas Sociais, Econômicas e sobre Políticas Públicas (Institute for Social and Economic Research and Policy, ISERP).
NEO MONDO teve acesso exclusivo ao material e destaca pontos importantes de reflexão trazidos pelo material do CRED:[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_empty_space][vc_single_image image=”9726″ img_size=”full” alignment=”center”][vc_empty_space][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_column_text]
Aquecimento global ou mudanças climáticas? – O segundo é termo correto para se referir às mudanças que estão ocorrendo no sistema climático da Terra e aos impactos nos ecossistemas e na sociedade. É uma escolha terminológica melhor do que aquecimento global, porque evita a impressão enganosa de que todas as regiões do mundo estão aquecendo uniformemente e de que a única consequência perigosa do aumento de emissão de gás de efeito estufa é a elevação da temperatura, quando na verdade isso é só um ponto de uma cadeia de mudanças nos ecossistemas da Terra. Além disso, o termo mudanças climáticas transmite melhor a coexistência dos efeitos criados pelo homem com a variação climática natural.
Tendência de confirmação de crenças pré-estabelecidas – Tanto os crentes como os céticos têm a tendência de tirar conclusões precipitadas das oscilações de temperatura em curto prazo como prova a favor ou contra as mudanças climáticas. O Dr. Gavin Schmidt, do Instituto Goddard para Estudos Espaciais da NASA, analisou como tentamos combinar novas informações sobre as mudanças climáticas com as crenças que já possuímos. Em entrevista ao jornal New York Times, explicou que “há o desejo de explicar tudo o que vemos como algo que você pensa que entende, seja a chegada da próxima era glacial ou as mudanças climáticas. Quando sou chamado pela CNN para comentar sobre uma grande tempestade de verão, uma seca ou algo assim, dou a mesma resposta que dou a alguém que pergunte sobre uma nevasca: está tudo nas tendências de longo prazo. Os padrões do tempo não vão desaparecer por causa das mudanças climáticas”
Tão longe, tão perto – Apesar de a maior parte dos americanos considerarem as mudanças climáticas um problema sério, eles em geral pensam no assunto como algo distante não só em termos geográficos como também temporais. Isso ocorre porque não experimentam pessoalmente, em seu dia a dia, efeitos drásticos o suficiente para alarmá-los sobre as mudanças climáticas. Em uma pesquisa nacional realizada em julho de 2007 nos Estados Unidos, os entrevistados acreditavam que as mudanças climáticas eram uma “grave ameaça” para: “as plantas e os animais” (52%); “pessoas de outros países” (40%) e “pessoas em qualquer outro lugar dos Estados Unidos” (30%). No entanto, muito poucas consideravam como uma “grave ameaça” para “você e sua família” (19%) ou “sua comunidade” (18%)15. Em outras palavras, as pessoas entendiam os impactos das mudanças climáticas como uma ameaça a outras formas de vida e pessoas de outras partes do mundo, e não como um problema local que atinge a elas mesmas.
[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_empty_space][vc_single_image image=”9728″ img_size=”full” alignment=”center”][vc_empty_space][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_column_text]
Tão longe, tão perto 2 – As pessoas geralmente percebem ameaças imediatas como mais relevantes e de maior urgência do que problemas futuros. No entanto, a ameaça das mudanças climáticas muitas vezes é retratada como um risco do futuro, e não do presente. Por este motivo, muitos cientistas sociais acreditam que essa é uma das principais razões da dificuldade em motivar as pessoas a tomar medidas efetivas para evitar as mudanças climáticas. Estudos mostram que riscos distantes não disparam os mesmos alarmes que riscos imediatos. Cérebros humanos fazem um grande esforço para equilibrar as preocupações de longo alcance com as demandas das preocupações mais imediatas. Ou seja, o cérebro humano possui dois sistemas de processamento distintos: o experiencial, que controla o comportamento de sobrevivência e é a fonte das emoções e instintos; e o analítico, que controla a análise das informações científicas.
Impacto na saúde – Alguns dos problemas de saúde relacionados às mudanças climáticas são relativamente bem entendidos, como o aumento da probabilidade de insolação, enquanto outros são menos óbvios, como o crescimento acelerado de taxas de asma e problemas respiratórios. Por isso é tão importante, gerar conscientização sobre as ligações entre as mudanças climáticas e os problemas de saúde da população.
Experimentar para agir – Em 2007, pesquisadores do CRED desenvolveram uma apresentação interativa computadorizada para mostrar os efeitos das mudanças climáticas nas geleiras do mundo. Um módulo apresentou informações que recorriam ao sistema de processamento analítico, como análises científicas, estatísticas e gráficos, para descrever a relação entre as mudanças climáticas e a diminuição das geleiras. Um outro módulo visava a atingir o sistema de processamento de experiências do cérebro usando imagens vívidas (fotografias, vídeos mostrando as geleiras encolhendo com a passagem do tempo, noticiário locais) e depoimentos pessoais para transmitir a mensagem.
Após assistirem aleatoriamente a um ou ao outro módulo, os alunos responderam a um questionário para avaliar suas atitudes ambientais, percepções e comportamentos. A intenção era testar os efeitos dos módulos na memória e no processo de decisão. Foi examinada em que medida as informações baseadas na experiência versus as baseadas na análise influenciaram sentimentos de preocupação, percepção de risco e desejo de agir sobre as mudanças climáticas. Os resultados mostraram que as pessoas retêm mais informações factuais sobre as apresentações após assistirem ao módulo experiencial em comparação ao formato analítico. Além disso, o CRED percebeu que quando assistiam ao módulo experiencial os estudantes apresentavam um aumento tanto no nível de preocupação quanto no desejo de agir.
[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_empty_space][vc_single_image image=”9729″ img_size=”full” alignment=”center”][vc_empty_space][/vc_column][/vc_row]