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Escrito por Neo Mondo | 16 de março de 2022
Material de divulgação científica foi produzido pelo Centro de Pesquisa em Genômica Aplicada às Mudanças Climáticas da Unicamp - Imagem: GCCRC/divulgação
POR - AGÊNCIA FAPESP / NEO MONDO
O Centro de Pesquisa em Genômica Aplicada às Mudanças Climáticas (GCCRC) lança hoje (16/03) o vídeo de animação
O GCCRC é um Centro de Pesquisa em Engenharia (CPE) constituído pela FAPESP e pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
A animação apresenta a abordagem de pesquisa baseada no estudo de genomas de plantas e microrganismos da biodiversidade brasileira que podem inspirar a produção de novas variedade agrícolas mais tolerantes às mudanças climáticas, sobretudo a seca. A iniciativa se alinha ao Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 13, que destaca as ações contra as mudanças climáticas globais e faz parte da Agenda 2030 proposta pela Organização das Nações Unidas (ONU).
“Vivemos atualmente um desafio duplo, que é produzir alimentos para sustentar a crescente população humana num planeta submetido às adversidades impostas pelas mudanças climáticas globais”, explica Paulo Arruda https://bv.fapesp.br/pt/pesquisador/56/paulo-arruda, professor da Unicamp e coordenador do GCCRC.
Trata-se do terceiro vídeo no formato de animação produzido pelo GCCRC. O primeiro foi lançado em 2021, no
O novo vídeo de quatro minutos também pode ser encontrado com legendas em inglês.
“A ideia que queremos trazer neste conjunto de animações é de que, na agricultura, é possível produzir mais com menos água, fertilizantes e pesticidas”, conta Arruda.
Injustiça climática
De acordo com o mais recente relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) da ONU, muitos dos impactos do aquecimento global são irreversíveis.
O IPCC alerta para um aumento da frequência das secas, que deve impactar a produção agrícola, a pesca tradicional, a segurança alimentar e a saúde humana.
O relatório afirma que os eventos extremos já expuseram milhões de pessoas à insegurança alimentar e hídrica, sobretudo os mais vulneráveis. Embora seja um fenômeno global, a crise climática afeta as regiões de forma desproporcional e fatores como pobreza, desigualdade social, gênero e etnia acentuam os efeitos.
Os maiores impactos observados são na África, na América Latina, na Ásia, nos pequenos países insulares e no Ártico. Além disso, a mudança do clima retardou os ganhos de produtividade da agricultura mundial nos últimos 50 anos. A desnutrição aumentou, afetando principalmente idosos, crianças, mulheres grávidas e indígenas.
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