Agronegócio Ciência e Tecnologia Destaques Emergência Climática Meio Ambiente Sustentabilidade Tecnologia e Inovação

Vídeo sobre variedades agrícolas tolerantes à seca busca chamar atenção para a mudança no clima global

Escrito por Neo Mondo | 16 de março de 2022

Compartilhe:

Material de divulgação científica foi produzido pelo Centro de Pesquisa em Genômica Aplicada às Mudanças Climáticas da Unicamp - Imagem: GCCRC/divulgação

POR - AGÊNCIA FAPESP / NEO MONDO

Centro de Pesquisa em Genômica Aplicada às Mudanças Climáticas (GCCRC) lança hoje (16/03) o vídeo de animação 

, por ocasião do Dia Nacional da Conscientização sobre as Mudanças Climáticas. A data foi criada em 2011 para alertar a população brasileira sobre a crise relacionada ao clima.

O GCCRC é um Centro de Pesquisa em Engenharia (CPE) constituído pela FAPESP e pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

A animação apresenta a abordagem de pesquisa baseada no estudo de genomas de plantas e microrganismos da biodiversidade brasileira que podem inspirar a produção de novas variedade agrícolas mais tolerantes às mudanças climáticas, sobretudo a seca. A iniciativa se alinha ao Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 13, que destaca as ações contra as mudanças climáticas globais e faz parte da Agenda 2030 proposta pela Organização das Nações Unidas (ONU).

“Vivemos atualmente um desafio duplo, que é produzir alimentos para sustentar a crescente população humana num planeta submetido às adversidades impostas pelas mudanças climáticas globais”, explica Paulo Arruda https://bv.fapesp.br/pt/pesquisador/56/paulo-arruda, professor da Unicamp e coordenador do GCCRC.

Trata-se do terceiro vídeo no formato de animação produzido pelo GCCRC. O primeiro foi lançado em 2021, no 

 (27/06) e destacou o potencial de comunidades de fungos e bactérias que habitam as plantas na resistência à seca. O segundo, lançado no mesmo ano para celebrar o Dia da Terra (22/04), apresentou as 
, plantas que ocorrem na região central do Brasil, nos Campos Rupestres, que são naturalmente resistentes a secas prolongadas e solos pobres em nutrientes.

O novo vídeo de quatro minutos também pode ser encontrado com legendas em inglês.

“A ideia que queremos trazer neste conjunto de animações é de que, na agricultura, é possível produzir mais com menos água, fertilizantes e pesticidas”, conta Arruda.

Injustiça climática

De acordo com o mais recente relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) da ONU, muitos dos impactos do aquecimento global são irreversíveis.

O IPCC alerta para um aumento da frequência das secas, que deve impactar a produção agrícola, a pesca tradicional, a segurança alimentar e a saúde humana.

O relatório afirma que os eventos extremos já expuseram milhões de pessoas à insegurança alimentar e hídrica, sobretudo os mais vulneráveis. Embora seja um fenômeno global, a crise climática afeta as regiões de forma desproporcional e fatores como pobreza, desigualdade social, gênero e etnia acentuam os efeitos.

Os maiores impactos observados são na África, na América Latina, na Ásia, nos pequenos países insulares e no Ártico. Além disso, a mudança do clima retardou os ganhos de produtividade da agricultura mundial nos últimos 50 anos. A desnutrição aumentou, afetando principalmente idosos, crianças, mulheres grávidas e indígenas.

Compartilhe:


Artigos anteriores:

Instituto Equilíbrio: o agro no centro da ação climática

Surto de Gripe Aviária no Brasil: um alerta para os sistemas alimentares globais

Sebrae no Pará impulsiona R$ 9 milhões em negócios com agricultura familiar no estado


Artigos relacionados