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PRESERVAÇÃO OU TURISMO DESENFREADO?
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Por – Eleni Lopes, diretora de redação
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Fotos – Oscar Lopes Luiz – Publisher
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litoral sul do RN vai além da Praia da Pipa, as riquezas naturais são abundantes em toda a orla, no entanto, somente a conscientização pode garantir a preservação da natureza local.
Ícone do litoral sul do Rio Grande do Norte, a Praia da Pipa já foi símbolo de natureza e belezas naturais.
Hoje, o charme da vila de pescadores da década de 80 deu lugar a um
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aglomerado de hotéis, pousadas, lojas, restaurantes, buggies, guias, vendedores de bugigangas e tudo o mais que acompanha o turismo desenfreado e, muitas vezes, predatório.
É certo que a beleza natural ainda prevalece ao caos, mas difícil é saber por quanto tempo ainda resistirá ao crescimento turístico.
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O litoral Sul do RN, no entanto, ainda guarda recanto onde a natureza preserva suas riquezas e diversidade. E foi em companhia do guia Wellington Inácio da Silva que NEO MONDO conheceu mais de 80
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quilômetros da costa sul potiguar, partindo de Sagi em direção à Praia do Madeiro. Conheça mais abaixo sobre este local ainda pouco explorado do litoral do RN e na galeria de fotos a seguir.
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Baía Formosa
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Única baía do estado do Rio Grande do Norte, a cidade-praia Baía Formosa está localizada a 94 km da capital Natal. A pequena cidade tem a pesca como principal atividade comercial e na rua do Porto encontramos barcos regressando do mar abarrotados de peixes e camarões. À época da visita (junho/2017) de NEO MONDO, era possível comprar 1 kg de camarão diretamente dos pescadores locais pela inacreditável quantia de R$ 7.
O passeio por sua belíssima orla é culminado pela chegada ao mirante da[/vc_column_text][/vc_column][vc_column width=”1/2″][vc_column_text]
Baía, que proporciona uma visão 180º das águas verdes e cristalinas, bem como das falésias naturais que a rodeiam.
Além da orla, um passeio pela Mata Estrela – a maior reserva de Mata Atlântica em área de dunas, é obrigatório. Com quase dois mil hectares preservados à beira-mar, a Mata Estrela abriga muitas espécies em extinção da fauna e da flora brasileira.
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Barra de Cunhaú
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Seguindo pela praia, onde deparamos com nativos colhendo algas marinhas que, depois de secas em pequenas tendas ao longo da praia, são vendidas a atravessadores da indústria de cosméticos por R$ 0,25 o kilo, atividade que cresce como fonte de renda na região, passamos por um curioso museu marítimo, mantido por um ex-colaborador do projeto TAMAR que expõe fósseis de tartarugas, baleias e outros animais marítimos que, segundo ele, morreram naturalmente na praia.
Chegando à Barra do Cunhaú, lugar de encontro do rio Cunhaú com o mar, a prática de esportes náuticos como windsurf, kitesurf, jetski, e esqui
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aquático é facilitado pelas águas calmas e abundância de ventos.
O local é conhecido também pela criação de camarões em cativeiros – atividade chamada de carcinicultura, e as “fazendas” são abundantes em sua orla.
Um arcaico sistema de ferry boat proporciona a travessia do rio e a continuidade do passeio, que passa ainda pelo Mirante da Tartaruga, local preservado, onde é possível observar do alto os quelônios nadando e cavando buracos para abrigar seus ovos.
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Falésias
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O ponto alto do passeio, após a travessia do rio Cunhaú, é a chegada ao chapadão das Falésias de Pipa. Falésias são formações caracterizadas pelo encontro abrupto entre o mar e a terra, lembrando os penhascos e desfiladeiros.
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As de Pipa são constituídas principalmente de barro, ou areia rica em argila, e também por dunas, proporcionando uma paisagem única, garantia de fotos dignas de porta-retratos.
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Praia do Madeiro
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O passeio por este trecho do litoral terminou na Praia do Madeiro, muito visitada por curiosos que querem ver golfinhos a olho nu e aqueles que desejam pegar suas primeiras ondas.
Para chegar à beira-mar é preciso descer uma escadaria com mais de 140
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degraus de madeira, cercada pela vegetação local. Mas o esforço físico é compensado pela vista que você terá da região, com falésias coloridas e coqueirais.
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