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CHAPADA DAS MESAS – A NATUREZA QUE ENCANTA E HIPNOTIZA
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POR – ANDREZA TAGLIETTI, ESPECIAL PARA NEO MONDO
GALERIA DE FOTOS – ANDREZA TAGLIETTI E LEILA MACHADO
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O parque nacional da Chapada das Mesas abrange mais de 160mil hectares de Cerrado nos municípios de Carolina, Riachão , Estreito e Imperatriz, no centro-sul do Maranhão. A região é extremamente rica em belezas naturais. Confira este relato e dicas exclusivas para NEO MONDO.
[/vc_column_text][vc_empty_space][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column width=”1/2″][vc_column_text]Já que não estou fazendo nada mesmo, vou ligar para a operadora e resolver o problema do sinal do meu celular. Essa foi a frase que ouvi de uma das companheiras de viagem, em pleno Rio Tocantins, às 7 da noite do domingo de Carnaval, num barco sem gasolina. Esperávamos o resgate para voltar à pousada, em Carolina, Maranhão. Se a canoa não virar, olê, olê, olá, eu chego lá.
Retornávamos de um dia repleto de emoções, imprevistos e picadas de mutucas. Pela manhã, a forte chuva havia atrasado nossa saída para a trilha de quatro horas na Serra Torre da Lua (um conjunto de serras e miradouros), um dos passeios mais esperados da viagem. Na estrada, no caminho para o nosso destino, havíamos nos deparado com um forte fluxo de água em um dos rios/córregos, dificultando nossa passagem – o que deixou a travessia mais tensa. E emocionante. A força da água não nos deixou atravessar a pé. De carro, numa mistura de Indiana Jones com Família Buscapé, conseguimos, ufa. Medinho.
As mutucas. Outro desafio naquele dia. Seguimos todas as instruções dos cautelosos e pacientes guias – repelentes, roupas fechadas, calças, meias e telas no rosto (daquelas de apiário).[/vc_column_text][/vc_column][vc_column width=”1/2″][vc_column_text] E quem disse que elas se intimidaram? E como eu xinguei aqueles bichinhos (desculpa aí, mãe Natureza). E cheguei à conclusão que precisamos inventar palavrões-só-para-mutucas. Elas merecem um capítulo à parte na próxima revisão da nossa língua portuguesa.
A beleza. Um presente naquele domingo de Carnaval. Estar lá em cima da Serra Torre da Lua e contemplar a generosa Natureza em seus diferentes humores. De todos os jeitos, nas mais diversas paisagens – cachoeiras, serras, miradouros, tons de azul no céu, aspectos do solo e da terra. E, claro, as chapadas e as formações rochosas – esculturas naturais.
E, então, no fim do dia, a volta do passeio repleto de emoções e desafios. Lá estávamos nós, numa travessia pelo Rio Tocantins, com direito a mergulho, boto (sim! boto!) e aranhas de Itu saltitantes na água. Nem Steven Spielberg teria pensado num aracnídeo tão ninja. E, de repente, silêncio. O motor do barco parou. Falta de gasolina. E um dos motivos foi a necessidade do uso de mais combustível por causa da abertura inesperada de duas comportas da Usina Hidrelétrica de Estreito, localizada nos estados de Tocantins e Maranhão.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_empty_space][vc_single_image image=”8158″ img_size=”full” alignment=”center”][vc_empty_space][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_row_inner][vc_column_inner width=”1/2″][vc_column_text]E, por falar nisso, vamos aos importantes números das águas (propulsor econômico da região), desse paraíso do ecoturismo – são 22 rios perenes, 400 nascentes de água, além das inúmeras cachoeiras. O local também abriga um dos ecossistemas mais ricos do país e parte desse patrimônio natural está no parque nacional da chapada das mesas, com mais de 160 mil hectares. A vegetação predominante nas margens de muitos rios é a palmeira de babaçu – de onde se extrai óleo – também uma relevante atividade e fonte de renda para as comunidades da região.
Sim, visitamos o parque e suas inúmeras, lindas e imponentes quedas de águas cristalinas. Mas meu espetáculo favorito dessa Broadway das cachoeiras foi o Santuário. A imagem não sai da minha cabeça. E dos meus sentidos.[/vc_column_text][/vc_column_inner][vc_column_inner width=”1/2″][vc_column_text]O cheiro, o som, o brilho e as cores de suas paredes quase acetinadas, o facho de luz, tudo. Encanta e hipnotiza. Cachoeira-diva. É uma das mais bonitas que já vi – disse minha amiga e parceira de viagens que já se aventurou em muitas naturezas pelo mundo. A Cachoeira de Santa Bárbara é outro e-s-p-e-t-á-c-u-l-o de 76 metros de altura.
Enquanto a minha companheira de barco-sem-gasolina resolvia o problema do sinal do celular com a operadora, eu me perguntava – arco-íris tem plural? Pela norma da língua portuguesa, não tem. Pela regra do céu do paraíso meio Maranhão meio Tocantins, tem sim. Uma pluralidade linda, alegre e colorida, como se os confetes e as serpentinas daquele Carnaval estivessem ali espalhados em cima do nosso céu. E estavam. Que presente generoso, mãe Natureza.[/vc_column_text][/vc_column_inner][/vc_row_inner][vc_empty_space][vc_gallery type=”image_grid” images=”8159,8160,8161,8162,8163,8164″ img_size=”190×190″][vc_empty_space][vc_column_text]
Chapada das Mesas – Infraestrutura e outras dicas
[/vc_column_text][vc_empty_space height=”15px”][vc_column_text]- As estações do ano e as condições microclimáticas determinam a logística dos passeios; o tipo de paisagem que você irá encontrar; e a cor e a força das águas das cachoeiras dependerão da época que você escolher. Em períodos úmidos, opte por roupas e caçados de rápida secagem e não se esqueça de acessórios à prova d´agua e/ou impermeáveis para proteger celulares, câmeras etc.
– Ficamos hospedadas em Carolina – ponto de apoio para a visita ao Parque Nacional da Chapada das Mesas e uma das cidades mais antigas da região sul do Maranhão. A história da Pousada Candeeiros (onde nos hospedamos) é bem interessante. Casarão construído no século 19, dizem que foi delegacia/cadeia pública e maternidade/hospital. A estrutura original foi preservada e a decoração parece de casa de vó. Depois de um passeio pela pequena cidade, vale ir ao Açaí Mix – uma turminha atenciosa e hospitaleira nos atendeu muito bem. E vale reservar um fim de tarde e sentar no bar e restaurante Chega Mais, para testemunhar o magnífico pôr do Sol em frente ao Rio Tocantins.
– Não há muito comércio local. No Complexo Turístico da Pedra Caída, os (inúmeros) passeios são caros e o restaurante, embora self service, oferece poucas opções. De forma geral, não é um lugar para turismo gastronômico, se você busca variedade e/ou comidas típicas.
– Um ponto de atenção é a quantidade de turistas por grupo e por passeio/por atração. No Encanto Azul, por exemplo – o local é pequeno e havia muita gente. Nas trilhas, as pessoas se dispersaram muito. Para esse tipo de turismo, não é recomendável ir num grupo muito grande.
– Lembre-se também de perguntar à agência sobre as condições do transporte local que será utilizado (tipo de 4×4; balsa; barcos etc). Depois do domingo carnavalesco com o barco sem combustível, nunca é demais deixar registrada aqui essa recomendação.
– A dor é inevitável. O sofrimento é opcional. As mutucas te lembrarão disso, não se preocupe.[/vc_column_text][vc_empty_space][vc_gallery type=”image_grid” images=”8178,8179,8180,8181,8182,8183″ img_size=”190×190″][/vc_column][/vc_row]