Tatu-bola – Foto: (Mark Payne-Gill/AFP/VEJA)
POR – AGÊNCIA LACOMUNICA / NEO MONDO
Mascote da Copa de 2014 depende de financiamento coletivo para evitar extinção
O tatu-bola, espécie encontrada na Caatinga, único bioma genuinamente brasileiro, segue na luta para sobreviver. A espécie perdeu 50% da sua população, nos últimos 27 anos, em decorrência do desmatamento, caça predatória e perda de habitat. Por conta disso, o animal passou do estado de conservação “vulnerável” para “em perigo”, o que indica extinção no curto prazo. Atualmente, a maioria dos indivíduos sobrevive apenas em Unidades de Conservação – UCs, com baixa densidade humana.
Por conta disso, as iniciativas de preservação e conservação da espécie são tão importantes. A Associação Caatinga, referência nacional na luta pela preservação do bioma, lançou um financiamento coletivo para arrecadar os 100 mil reais necessários para construir o Centro de Pesquisa e Conservação do Tatu-bola (CPCTB). Esse centro ajudará nas atividades de pesquisa para a conservação do tatu e do bioma Caatinga, e será implantado na Reserva Natural Serra das Almas (RNSA), localizada na divisa do Ceará com Piauí, uma relevante área de Caatinga. Essa iniciativa faz parte do projeto #EuProtejoOTatuBola.
Além disso, a Associação Caatinga faz parte da coordenação executiva do Plano de Ação Nacional (PAN) para a Conservação do Tatu-bola. O PAN foi elaborado em 2014 e é voltado para a conservação de duas espécies de tatus-bola: o tatu-bola-do-Nordeste, que vive predominantemente na Caatinga e em algumas áreas de Cerrado, e tatu-bola-do Centro-Oeste, que tem maior incidência na região do Pantanal e em algumas áreas de Cerrado.