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POR – REDAÇÃO NEO MONDO
Evento aconteceu na sede do Ibrawork e trouxe discussões relevantes para a agenda de sustentabilidade, governança e desenvolvimento social na atualidade
O Primeiro Congresso Internacional de ESG reuniu na sede do Ibrawork, hub de inovação aberta, gestores públicos, empresas, fundadores de startups, membros da academia e sociedade civil para discutir os desafios da agenda ESG na atualidade. Foram realizados seis painéis durante o dia todo sobre os mais diversos assuntos comandados por palestrantes internacionais, além de especialistas em práticas de ESG na academia, negócios, corporações, governo e setores que compreendem as logísticas urbanas. As mediações ficaram na responsabilidade dos co-organizadores Marcus Maida e Ana Addobbati e da diretora de Inovação, Tania Gomes.
O evento começou abordando o tema ‘Universidade e ESG: A abordagem sob um olhar acadêmico’ e trouxe nomes internacionais como John Doggett, Professor de Empreendedorismo e Sustentabilidade na Universidade do Texas em Austin e Melanie Van de Velde, da Universidade de Glasgow para falar sobre sustentabilidade, governança e desenvolvimento social. Além disso, os organizadores trouxeram também nomes como André Coutinho, da University College London, Carlos Braga, professor da Fundação Dom Cabral, Dariam Villela, diretor de TI da PDtec, uma empresa da B3, Lauro Fabiano, doutorando da UFRJ e Allyson Allex, Universidade Federal do Ceará.
Aplicabilidade da agenda ESG
Para combater o equívoco em que muitos pensam que o ESG ainda é uma agenda distante de ser colocada em prática, o Congresso Internacional de ESG se comprometeu a trazer exemplos práticos de que é possível sim avançar as discussões de forma prática. O painel ‘Governança com foco na população em situação de vulnerabilidade social’, por exemplo, mediado por Tania Gomes, trouxe Nina Silva, fundadora do Mercado Black Money, Célia Kano, co-CEO na Rede Mulher Empreendedora e Bárbara Ladeia, gestora do Programa Green Sampa. Nina contou sobre o seu projeto que tem como objetivo alcançar empreendedores e consumidores negros, com a intenção de auxiliá-los a utilizar seu poder econômico e populacional em seu próprio benefício. Já Célia falou sobre a importância de uma mulher empoderada financeiramente e seu poder de mudança na sua família e sociedade através do trabalho de suporte entregue pelo seu Instituto. Para finalizar, Bárbara detalhou sobre o seu programa, que é executado pela Agência São Paulo de Desenvolvimento e tem como foco colocar a economia verde como pauta na cidade de São Paulo, mapeando empresas e startups verdes e ideias inovadoras. O painel ‘Métodos sustentáveis para pensar a aplicação de ESG em pequenos negócios’ trouxe convidados que abordaram iniciativas que impactam diretamente o mundo através de medidas ambientais. Marcos Queiroz, diretor de Soluções na Refazenda, falou da importância de se posicionar como quem se comunica por meio de produtos sustentáveis e de alto valor agregado, influenciando seus consumidores a se estabelecerem como cidadãos do mundo, numa expressão fiel de pertencimento ao planeta. Anauyla Batista, diretora Comercial e Marketing na GreenPlat, primeira startup ambiental a usar blockchain, falou sobre processos de gestão de resíduos e emissão de carbono ágeis e transparentes e Luciano Almeida, CEO e cofundador Restin Brasil falou sobre importância do papel da startup contra o desperdício alimentar ao conectar a indústria de alimentos com a grande produção dos restaurantes e organizações através da venda de produtos próximos da validade.
Para o tema ‘Investimentos em ESG: Panorama brasileiro’, o Ibrawork e o Ibrachina chamaram nomes como: Gisele Ramos, CEO da ESG Venture Builder, que tem como objetivo criar soluções tecnológicas que possam ajudam empresas a conquistarem resultados sustentáveis. Jennifer Chen, CEO da JC Capital, consultoria para captação de recursos no Brasil e exterior para empresas de diversos segmentos. Gustavo Carvalho, Head de Fundos Líquidos da Run Investimentos e Marina Briant, Coordenadora de Finanças Sustentáveis na NINT, a maior empresa de consultoria e avaliação ESG da América Latina.
A palestra ‘Além do lucro: Impacto para dentro e para fora das grandes corporações’ trouxe executivos de grandes empresas como Juliana Ballarin, Diretora de marketing de Scotch na Diageo para Brasil, Paraguai e Uruguai. Isabel Costa, Head de Responsabilidade Social Corporativa e Sustentabilidade da Tata Consultancy Services e Carlos Pignatari, Head de Impacto Socioambiental da Ambev na América do Sul. Todos os convidados fizeram questão de apontar medidas que estão sendo realizadas para mudar o mundo com verba disponibilizada apenas para atender a agenda ESG do mundo.
Para encerrar o Congresso, Thomas Law, presidente do Ibrachina e fundador do hub de inovação Ibrawork, Leonel Rodrigues, analista de negócios na Parque Tecnológico Itaipu, Pinheiro Pedro, secretário Executivo de Mudanças Climáticas da Prefeitura de São Paulo e Paula Packer, head do Environment Embrapa, falaram sobre ‘Tendências na implementação de ESG nas cidades – Case São Paulo’. Ao focar nas medidas ESG, Thomas deu bastante vasão ao social durante a palestra, citando as ações feitas para enviar oxigênio para Manaus com ajuda da Força Aérea Brasileira a pedido do Marcelo Ramos, deputado Federal do Amazonas. Citou também o programa Mercadão for Startups, que tem o objetivo de encontrar soluções inovadoras e disruptivas, que resolvam os desafios do Mercado Municipal de São Paulo.