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POR – OSCAR LOPES LUIZ, PUBLISHER DE NEO MONDO
A premiação que confirma o trabalho de jornalistas negros(as) e mídias negras em um país onde o racismo estrutural tem raízes profundas é muito mais do que apenas uma celebração de conquistas individuais. Ela carrega consigo um significado simbólico que transcende o mundo do jornalismo e alcança o cerne da luta por igualdade e justiça racial.
Em um contexto onde o racismo sistêmico permeia todos os aspectos da sociedade, incluindo a mídia, a consideração e a celebração de jornalistas negros(as) e mídias negras é uma forma poderosa de desafiar e questionar o status quo. Essa premiação não apenas destaca o talento e a dedicação desses profissionais, mas também confronta a narrativa dominante que muitas vezes marginaliza as vozes e perspectivas da comunidade negra.
No mundo do jornalismo, a representação é fundamental. Quando jornalistas negros(as) são reconhecidos(as) e premiados(as), eles(as) não apenas recebem o reconhecimento que merecem, mas também inspiram outros membros da comunidade negra a seguir seus passos. Isso cria um ciclo virtuoso de empoderamento e encorajamento, mostrando às gerações futuras que é possível superar as barreiras impostas pelo racismo sistêmico e fazer contribuições significativas para o campo.
Além disso, essa premiação serve como um lembrete contundente de que a diversidade é essencial para a qualidade e a integridade do jornalismo. Ela desafia a homogeneidade que muitas vezes prevalece nas redações e nas salas de notícias, incentivando a inclusão de diferentes perspectivas e experiências. Quando o jornalismo se torna mais diversificado, ele se torna mais preciso, mais autêntico e mais capaz de representar as complexidades da sociedade em que vivemos.
O significado simbólico dessa premiação também está enraizado na luta contínua contra o racismo. Ela envia uma mensagem poderosa de que a discriminação racial não será tolerada e que a excelência de jornalistas negros(as) é inegável. Ao desafiar o racismo estrutural por meio do reconhecimento público, essa premiação contribui para a conscientização e a educação pública sobre questões raciais e ajuda a criar um espaço para diálogos importantes sobre como superar as desigualdades raciais.
Essa premiação é um farol de esperança, uma mudança e um símbolo de resistência. Ela nos lembra que a luta pela igualdade e pela justiça racial está longe de acabar, mas também nos inspira a continuar avançando na direção para um futuro mais inclusivo e igualitário.
Confira o que disseram os realizadores:
Eduardo Ribeiro (Diretor do Jornalistas&Cia) – “A força desse prêmio pode ser vista na votação desse primeiro turno e neste segundo turno, até agora, os números impressionam (votação se encerra dia 05/10). “Nenhum de nossos prêmios +Admirados teve tanta adesão e repercussão quanto o que vimos até agora, num movimento virtuoso de adesões e compartilhamentos”.
Marcelle Chagas – (Coordenadora da Rede JP) – “Este prêmio é uma iniciativa de extrema importância pois ele não apenas reconhece o talento e a excelência de jornalistas negros e negras, mas também destaca o papel crucial que desempenham na indústria jornalística, na quebra de barreiras, na promoção da diversidade e na valorização do talento jornalístico negro. Ele contribui para uma indústria mais inclusiva, representativa e rica em perspectivas, refletindo a sociedade diversificada que servimos”.
Rosenildo Ferreira (Editor-chefe de 1 Papo Reto) – “Esta premiação foi pensada dentro de uma estrutura conhecida pela seriedade, e pautada na busca pela pluralidade em todas as suas iniciativas, afinal, colocar de pé uma iniciativa desta magnitude, em tão pouco tempo, era um desafio e tanto. Confesso que mesmo conhecendo o potencial e a capilaridade do Jornalistas&Cia e das demais redes envolvidas, fiquei surpreso com o volume e a qualidade profissional dos inscritos. Não apenas pela presença maciça de jornalistas, repórteres cinematográficos e cinegrafistas da chamada grande mídia, mas fundamentalmente pela expressiva participação de jovens e veteranos que atuam nas mídias independentes, em diversos pontos do País”.
Oscar Lopes Luiz (Publisher de Neo Mondo) – “Para o Neo Mondo, esta premiação é essencial para o reconhecimento da importância da diversidade racial nas redações de todo o Brasil, algo, infelizmente, ainda incipiente. Além do reconhecimento do trabalho desses profissionais, ao promover a visibilidade do(a)s jornalistas pretas(os) e pardas(os), esperamos que a iniciativa seja um incentivo aos veículos de comunicação. Dessa forma, estamos contribuindo para o aumento de redações jornalísticas que espelhem a sociedade brasileira e, consequentemente, uma cobertura antirracista e de uma visão pluralista dos temas relevantes para um futuro mais inclusivo e equitativo”.
Mais informações, falar com [email protected] – (11)98234-4344.
Racismo não é uma questão de ponto de vista nem mimimi, é crime!
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