Para a Dra. Daniela Bortman, na Bayer, a Diversidade, Equidade & Inclusão não é apenas uma questão de justiça social – Imagem: Divulgação
POR – BAYER, PARA NEO MONDO
A busca por um ambiente de trabalho saudável nunca foi tão relevante como nos dias de hoje e um dos pilares essenciais para alcançar esse objetivo é a promoção da Diversidade, Equidade & Inclusão (DE&I) nas empresas. Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), não há saúde mental sem diversidade. De acordo com o órgão, a falta de inclusão e de representatividade piora a saúde mental de uma população ou grupo.
Isso acontece porque as pessoas sofrem por terem acesso negado a espaços e oportunidades por não se adequarem a “padrões” de comportamento, aparência, orientação sexual, gênero etc. Ao tentarem se encaixar e adaptar, sua saúde mental acaba prejudicada. Um estudo do Instituto Nacional de Saúde Mental dos EUA, divulgado no segundo semestre de 2022, mostra que a discriminação no local de trabalho está associada a um aumento no risco de transtornos de saúde mental, como depressão e ansiedade.
Diante deste cenário, criar um ambiente de trabalho mais acolhedor para os grupos minorizados deveria ser primordial para todas as empresas. De acordo com a Dra. Daniela Bortman, Líder de Saúde Ocupacional na Bayer do Brasil, promover um local positivo passa necessariamente por dois passos. O primeiro é garantir a inclusão – não excluir candidatos destes grupos, seja por sua identidade de gênero, raça, ou orientação sexual, e promover equidade de oportunidades para essas pessoas dentro das organizações. O segundo é buscar meios para a criação de um ambiente psicologicamente seguro, com abertura para que todos tenham espaço para compartilhar emoções e falarem o que sentem para colegas e lideranças.
Para Daniela, não basta que as empresas assumam que existe um viés inconsciente, é preciso agir na valorização do tema para empoderar os colaboradores. “Empresas com políticas afirmativas para grupos minorizados podem ser um espaço seguro para uma vivência plena de sua existência e servir de suporte a sua saúde mental. Essas ações são necessárias para encorajar as pessoas e construir um ambiente de segurança psicológica. Quando a empresa reforça os valores de diversidade, equidade e inclusão, ela garante a representatividade em sua composição, o que diminui a pressão, melhora a produtividade e a saúde mental de seus colaboradores”.
DE&I na prática
A Bayer realiza ações para fortalecer uma cultura que proporcione um ambiente com segurança psicológica, em que todos se sintam valorizados e respeitados – visando atrair e incluir talentos diversos e permitindo que tenham oportunidades iguais de reconhecimento e desenvolvimento. “Entendemos que, para inovar e encontrar soluções para os desafios coletivos enfrentados pela humanidade na área de saúde e nutrição, é imprescindível ter um time diverso, com experiências e visões distintas, engajado no propósito de construir um futuro melhor”, explica Daniela.
Para a companhia, Diversidade, Equidade & Inclusão (DE&I) são valores inegociáveis. Daniela conta que na base estratégica de todas as iniciativas está a atitude inclusiva. “Isso significa reconhecer os diferentes saberes, acreditar que todos podem aprender, ter empatia, escutar ativamente e assegurar segurança psicológica para que as pessoas se sintam confortáveis para expor suas ideias e opiniões, o que traz, como consequência, liberdade e estímulo à inovação”, explica.
Ao longo dos anos, a Bayer vem provendo uma série de iniciativas para aumentar a diversidade na companhia. Em 2017, a empresa tornou-se signatária dos Princípios de Empoderamento das Mulheres (WEPs – Women Empowerment Principles) promovidos pela ONU Mulheres e pelo Pacto Global das Nações Unidas, além de se tornar signatária do movimento He for She, ambas iniciativas voltadas para a busca da equidade de gênero no mercado de trabalho. No início de 2021, assumiu um compromisso global pela igualdade de homens e mulheres em todos os cargos de baixa, média e alta liderança até 2030. “Atualmente, 39% dos cargos de liderança são ocupados por mulheres. Na divisão agrícola, 35%. Hoje temos mulheres ocupando alguns dos principais cargos da companhia no Brasil: CEO, CFO e as lideranças Jurídica, de Sustentabilidade e de Comunicação”, complementa Daniela.
Quando o assunto é questão étnico-racial, a companhia vem promovendo ações afirmativas tanto para a inclusão quanto para a retenção de talentos negros. Em 2020, a Bayer foi uma das pioneiras na promoção de um programa de trainees direcionado para pessoas negras. A primeira edição do programa contou com 19 posições abertas, sendo 84% delas ocupadas por mulheres. “O programa foi pensado para ser inclusivo desde o seu processo seletivo, eliminando exigências históricas, como domínio do inglês e formação em universidades específicas, o que aumenta o alcance e ajuda a diminuir os vieses que prejudicam a inclusão desses talentos na empresa”, explica Daniela. A nova edição, que ainda está em andamento, contou com 33 oportunidades abertas para atrair e desenvolver profissionais negros e negras para posições de liderança na companhia, com 70% das vagas ocupadas por mulheres.
Com o olhar para pessoas com deficiência, desde dezembro de 2022 a companhia passou a oferecer um curso de libras gratuito para todos seus colaboradores. Além disso, a Bayer tem, desde 2020, o prêmio Ouse Transformar. A Iniciativa tem como objetivo dar visibilidade para os profissionais com deficiência que lideraram algum projeto na empresa, servindo como oportunidade para que as pessoas possam demonstrar seu desempenho para a alta liderança. “Para citar um exemplo de resultado, o vencedor da segunda edição identificou uma melhoria de processo no setor de embalagens dos sites, reduzindo em até 30% o custo de uso”, complementa.
Ainda de acordo com Daniela, a empresa tem estratégias e ações afirmativas voltadas a todos os grupos minorizados. Em 2023, a Bayer foi eleita como uma das melhores empresas para profissionais LGBTQIAP+ de acordo com o ranking Equidade BR, elaborado pela a HRC (Human Rights Campaign) em parceria com o Instituto Mais Diversidade e o Fórum de Empresas e Direitos LGBTI+. Segundo o levantamento, que tem como objetivo avaliar a equidade e a inclusão de pessoas LGBT+ no ambiente de trabalho no Brasil, as empresas dos setores mencionados foram as que mais demonstraram engajamento na pauta e se mostraram ambientes seguros, que abraçam a diversidade. “Quando investimos em ações afirmativas voltadas aos grupos de afinidades, conseguimos ampliar o senso de pertencimento e valorização de nossos colaboradores”.
Além das iniciativas, na Bayer há cinco grupos de afinidade que foram estruturados para pensar e disseminar estratégias de Diversidade, Equidade e Inclusão com os recursos humanos e os negócios. São eles: Grow, que promove e apoia iniciativas nos temas de desenvolvimento e empoderamento da mulher; Merge, que tem como objetivo estreitar as relações dos colaboradores de várias gerações, desafiando preconceitos de idade; Blend, que tem como foco o respeito no ambiente de trabalho e a promoção de mais oportunidades internas, por meio de práticas inclusivas, para a comunidade LGBTQIA+; BayAfro, que tem como missão construir uma empresa que represente e reflita a distribuição de afrodescendentes da sociedade brasileira em todos os seus níveis hierárquicos; e Enable, que tem como objetivo alavancar a cultura de diversidade por meio da sensibilização da liderança e comunidade local para inclusão de Pessoas com Deficiência (PCDs). A diversidade, no entanto, não está restrita a esses marcadores e abrange as inúmeras características e toda a pluralidade que constroem a individualidade de cada um.
“Os grupos de afinidade são extremamente importantes para nós pelo seu potencial de trazer bem-estar, acolhimento, conforto e ações práticas que contribuem ativamente para a criação de um ambiente diverso e psicologicamente seguro”, explica Daniela.
Na Bayer, a Diversidade, Equidade & Inclusão não é apenas uma questão de justiça social, mas também uma estratégia inteligente para promover a saúde mental dos colaboradores e melhorar a produtividade. “As pesquisas e dados recentes mostram que ambientes de trabalho inclusivos e diversos são mais propensos a criar colaboradores mais felizes, saudáveis e eficazes. Investir em DE&I não é apenas o caminho certo, mas também o caminho para o sucesso e a sustentabilidade das organizações. Ainda há muito a ser feito, mas estamos numa jornada de evolução e todas as empresas deveriam embarcar junto na missão de promover ativamente a diversidade e a inclusão em seus locais de trabalho”, finaliza.