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POR – COALIZÃO VERDE (1 PAPO RETO, NEO MONDO E O MUNDO QUE QUEREMOS)
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A agropecuária contribui com apenas 10% do PIB da região
Um estudo sobre a economia da Amazônia Legal revela que, ao contrário da crença popular de que o agronegócio seria o principal responsável pela geração de riqueza na região, é o setor de serviços que detém a maior parte do Produto Interno Bruto (PIB). Em 2019, o PIB Real da Amazônia Legal foi de R$ 650 bilhões, representando 8,8% do PIB total do Brasil. Desse montante, o setor de serviços contribuiu com significativos 36%, equivalente a R$232 bilhões.
O PIB Nominal, que reflete os preços correntes no ano em que os produtos finais foram produzidos e comercializados, mostra uma distribuição econômica diversificada. A administração pública e a indústria representam 21% do PIB, somando R$138 bilhões e R$137 bilhões, respectivamente. Contrariando as expectativas, a agropecuária, frequentemente vista como a espinha dorsal da economia regional, contribuiu com apenas 10,3% para o PIB, ou seja, R$66 bilhões.
Este panorama desafia a percepção comum e indica uma complexidade econômica maior na Amazônia Legal, sublinhando a importância do setor de serviços na região. O crescimento deste setor sugere um diversificado mercado de trabalho e a possibilidade de novas políticas de desenvolvimento focadas na sustentabilidade e na diversificação econômica.
A revelação faz parte do estudo “Fatos da Amazônia: Socioeconomia”, que concentra os principais dados e achados do projeto Amazônia 2030, uma iniciativa de pesquisadores brasileiros em prol do desenvolvimento sustentável da Amazônia.
Sobre o Amazônia 2030 – Como desenvolver a Amazônia, aproveitando de forma sustentável os recursos naturais? Para responder a essa pergunta, quatro reconhecidas organizações de pesquisa brasileiras se juntaram para fazer um plano de ações para a Amazônia dar um salto de desenvolvimento humano e econômico preservando seus recursos naturais até 2030. Trata-se do projeto Amazônia 2030, uma iniciativa conjunta do Instituto do Homem e do Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) e do Centro de Empreendedorismo da Amazônia, ambos situados em Belém, com a Climate Policy Initiative (CPI) e o Departamento de Economia da PUC-Rio. Pesquisadores têm gerado conhecimento a partir das experiências dos povos da floresta, empresários, empreendedores e agentes públicos.