Foto: Divulgação
POR – OSCAR LOPES, PUBLISHER DE NEO MONDO
Na floresta que respira o planeta, a 30ª Conferência do Clima pode redefinir os rumos do desenvolvimento, da diplomacia e da sobrevivência coletiva
A realização da 30ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), marcada para novembro de 2025 na Amazônia, representa um momento histórico para o Brasil — e um ponto de inflexão para a política climática global. Mais do que uma reunião entre chefes de Estado, cientistas e representantes da sociedade civil, o evento será um termômetro da maturidade das nações diante da maior crise existencial do nosso tempo.
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A escolha do estado do Pará como sede da COP30 é profundamente simbólica: a Amazônia não será apenas o cenário, mas o protagonista de um novo capítulo da luta pela estabilidade climática. A floresta que há décadas clama por proteção agora se torna palco e voz de uma agenda que exige menos promessas e mais decisões vinculantes.
Em resposta à complexidade deste cenário, o escritório Marinello Advogados, em parceria com o portal Neo Mondo, promove um encontro estratégico no dia 7 de abril de 2025, em São Paulo, com transmissão ao vivo pelo YouTube. O objetivo: promover um diálogo intersetorial e qualificado que aponte caminhos concretos para a participação brasileira na COP30.
“Nosso propósito com este encontro é mais do que promover um diálogo entre setores — é construir pontes concretas entre a urgência ecológica e a ação institucional. Em um ano em que o Brasil acolhe a COP30 no coração da Amazônia, torna-se imperativo transcender as fragmentações tradicionais entre economia, ciência e política. A conexão entre biodiversidade e mudanças climáticas não pode mais ser tratada como uma abstração conceitual — ela precisa ser traduzida em estratégias integradas e decisões vinculantes que reflitam o grau de complexidade e responsabilidade que a situação exige”, explica Luiz Marinello, sócio do escritório.
O evento contará com nomes de peso, como o climatologista Carlos Nobre, a secretária adjunta de Bioeconomia do Pará Camille Bendahan Bemerguy, o diplomata Pedro Ivo Ferraz da Silva, a gestora de sustentabilidade da ABIHPEC Aryane Martins, além do próprio Marinello. A moderação ficará a cargo da jornalista Angelica Mari.
Para Oscar Lopes, CEO do portal Neo Mondo, o evento busca não apenas antecipar os debates da conferência, mas posicionar o Brasil como uma liderança climática global:
“A COP30 não será apenas um marco diplomático — será um verdadeiro teste de integridade para o Brasil diante da história. O mundo nos observa com expectativa e ceticismo: seremos capazes de liderar uma nova era de pactos regenerativos ou recairemos em promessas vazias e soluções paliativas? A liderança climática exige coragem moral, lucidez científica e capacidade de articulação sistêmica. Com este evento, queremos fomentar um debate que transcenda o discurso e contribua para consolidar o Brasil como protagonista legítimo na transição ecológica global — não apenas como guardião de ativos ambientais, mas como articulador de uma nova visão de futuro para o planeta.”
Entre a retórica e a realidade: a ambivalência das grandes potências
A poucos meses da COP30, o comportamento das principais economias do mundo continua a oscilar entre compromissos diplomáticos e interesses econômicos imediatistas. Apesar de avanços nas metas de descarbonização, países desenvolvidos seguem financiando combustíveis fósseis em larga escala, alimentando contradições que minam a confiança nos acordos internacionais.
Os Estados Unidos, por exemplo, alternam medidas regulatórias com concessões à indústria petrolífera. Na União Europeia, pressões internas — como o crescimento de pautas nacionalistas — têm enfraquecido a ambição climática. Já China e Índia, embora avancem nas energias renováveis, mantêm significativa dependência do carvão, refletindo a complexidade de suas trajetórias de desenvolvimento.
Nesse cenário, o Brasil ocupa uma posição singular. Potência florestal e marinha, o país também enfrenta tensões internas: de um lado, o compromisso internacional com a transição verde; de outro, a pressão de setores econômicos ligados ao agronegócio e à expansão de infraestrutura.
Agricultura regenerativa: ponte entre clima, alimento e justiça
Diante desse impasse, a agricultura regenerativa desponta como um elo entre soluções climáticas e desenvolvimento sustentável. Restaurando solos, sequestrando carbono e promovendo segurança alimentar, ela representa uma resposta sistêmica às crises interligadas do nosso tempo. No entanto, o avanço dessa prática ainda carece de investimentos robustos, marcos regulatórios e políticas públicas que valorizem os saberes tradicionais e os pequenos produtores.
Integrar a agricultura regenerativa ao centro das negociações da COP30 será um passo crucial para garantir que a transição ecológica não apenas reduza emissões, mas também promova equidade e resiliência social.
A hora da virada: uma nova diplomacia ecológica
A COP30 precisa ir além da retórica. O mundo exige compromissos mensuráveis, verificáveis e vinculantes — e o Brasil, como anfitrião, terá a responsabilidade e a oportunidade de liderar uma nova diplomacia ecológica, que integre floresta, oceano, ciência e justiça climática.
Eventos como o organizado por Marinello Advogados e Neo Mondo são fundamentais para a construção de consensos estratégicos. Mais do que um espaço de escuta, são plataformas de articulação entre os diversos atores que moldarão o futuro — ou a ausência dele.
Se a COP21, em Paris, selou um pacto global em torno do Acordo do Clima, a COP30 poderá ser lembrada como o momento em que a humanidade finalmente compreendeu que não há transição ecológica possível sem restaurar a aliança entre natureza e civilização.
E o Brasil, com sua rica biodiversidade e seu capital ambiental estratégico, pode — e deve — ser o farol dessa nova era.
Oportunidade de Patrocínio
Empresas e instituições interessadas em apoiar esta iniciativa e ampliar sua visibilidade no debate climático global podem explorar as cotas de patrocínio disponíveis. Para mais informações, entre em contato com Oscar Lopes pelo e-mail oscar@neomondo.org.br ou pelo telefone (11) 98234-4344.
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