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Dia da Árvore e o papel das empresas na responsabilidade ambiental

Escrito por Neo Mondo | 21 de setembro de 2021

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Foto - Pixabay

POR - REDAÇÃO NEO MONDO

 
Apesar da escalada do desmatamento, algumas iniciativas visam a preservação do meio ambiente
 

Elas são essenciais para todo o equilíbrio do Planeta Terra e atuam principalmente na qualidade de vida de todos. Pela fotossíntese, absorvem os raios solares e o gás carbônico durante o dia e liberam oxigênio e água. Com isso, regulam a temperatura sobre a umidade do ar e as chuvas e auxiliam na diminuição da poluição. Fora isso, produzem substâncias que serão base para medicamentos e chás. Além de, frutas, flores, sementes, madeira, fibras, látex, resinas e pigmentos. Servem como fontes de alimento e moradia para várias espécies de animais. Apesar de todos esses benefícios, elas são cortadas e muitas condenadas à extinção. A árvore, que é lembrada hoje, em 21 de setembro, dia sempre perto da chegada da primavera no Brasil, está cada vez mais dependente de ações que visem sua preservação.

O Dia da Árvore foi criado no Brasil pelo presidente Castelo Branco, em 24 de fevereiro de 1965. Essa comemoração oficial teve lugar pela primeira vez no estado norte-americano do Nebraska, em 1872, quando o político e jornalista Julius Sterling Morton decidiu plantar uma grande quantidade de árvores. A data ficou conhecido como “Day Arbor”, um marco ecológico da conscientização e preservação.

Cada região brasileira possui uma árvore típica como seu símbolo. No Norte, a castanheira; no Nordeste, a carnaúba; no Centro-Oeste, o ipê-amarelo; no Sudeste, o pau-brasil; e no Sul, o pinheiro-do-paraná ou araucária.

As principais funções das árvores são:

1) Contribuir para a biodiversidade;

2) Reduzir a poluição do ar;

3) Extração de flores e frutos que servem para alimentação, produção de remédios, entre outras atividades;

4) Em grandes centros, reduzem a temperatura e fornecem sombras;

5) Oferecer abrigo para outras espécies, como animais e fungos;

6 Contribuir para a beleza paisagística;

7 Melhorar a umidade do ar;

8) Evitar a erosão do solo

Apesar de tantos benefícios que elas proporcionam, a situação se agrava a cada dia. A Amazônia Legal, por exemplo, perdeu 10.476 km² de floresta entre agosto de 2020 e julho deste ano, período em que se mede a temporada do desmatamento. A taxa é 57% maior que a da temporada anterior e a pior dos últimos dez anos, alerta o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon).

Além disso, existem também as queimadas, muitas delas criminosas. De acordo com o Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais, de janeiro até a segunda quinzena de setembro, o Pantanal registrou mais de 2,9 milhões de hectares atingidos pelo fogo, que também mata ou fere animais e destrói árvores. Esse número representa perto de 19% do bioma no País, segundo o Instituto SOS Pantanal. A área queimada corresponde a aproximadamente 19 vezes a capital de São Paulo.

Incêndio no Pantanal - Foto: Silas Ismael/WWF-Brasil
Preocupação

Hoje, muitas empresas estão preocupadas e entraram na luta pela preservação do meio ambiente, focando em uma gestão responsável dos recursos naturais e não somente para a geração de riqueza e consumo. Dentro das metas, inclusive, influenciar o comportamento sustentável do consumidor, que já busca mais alternativas aos produtos tradicionais.

O meio ambiente pede uma atenção maior de políticas públicas que mirem à conservação de florestas. O processo de harmonização das atividades exploratórias ainda se desenvolve, mas existem algumas iniciativas que já chamam a atenção e geram resultados satisfatórios.

A fintech Uzzipay, que completa dois anos no dia 21 de setembro, Dia da Árvore, acredita que é possível preservar a natureza enquanto as pessoas preservam o dinheiro. É ter a consciência de que devemos retornar à sociedade e à natureza tudo o que ela nos proporciona de bom.

“É uma realidade cada vez mais latente, no futuro veremos muito mais instituições financeiras e de outros segmentos com engajamento social e sustentável. São sementes plantadas hoje que irão florescer em breve”, disse Isabelle Kwintner, diretora sênior de estratégia da UzziPay.

Amazônia

Com o slogan “Porque cuidar da Amazônia é da nossa conta”, a fintech financia uma área de reserva legal da Amazônia em Rondônia. Com a abertura da conta digital mais recursos serão destinados à reserva de preservação.

A área escolhida tem 700 hectares de floresta em uma reserva legal de manejo florestal em Porto Velho e o monitoramento do local é feito por solo, por drones ou voos tripulados sobre a região e por imagens de satélite.

Relação Árvore-Rio

A relação entre as árvores e a água potável é muito forte. Uma das preocupações para evitar a escassez do líquido é a manutenção da vegetação nativa nas nascentes e margens dos rios. As bacias florestais e as zonas úmidas florestais fornecem 75% da água doce acessível do mundo. Um estudo publicado pela Fundação SOS Mata Atlântica mostrou que 76,5% dos mais de cinco quilômetros de rios que formam o Sistema Cantareira estavam sem cobertura vegetal. A ONG afirmou ainda que ao longo do Rio Tietê, a qualidade da água fica melhor nos locais com maior cobertura vegetal. Foi verificado também que nos únicos 30 pontos avaliados com boa qualidade da água na bacia hidrográfica do Tietê, a cobertura vegetal chegava, em média, a mais de 40% do território do município ou do entorno.

Quando a água da chuva cai sobre uma mata, ela percorre dois caminhos. Ou retorna para a atmosfera por evapotranspiração ou atinge o solo, por meio da folhagem ou do tronco das árvores. Uma parte pode seguir para cursos d’água ou reservatórios de superfície, alimentando assim as nascentes. Já quando ocorre o corte de árvores perto delas, não há recarga de água.

E neste domingo, 19/09, aconteceu mais uma edição do Projeto Rio Limpo, idealizado pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SEMAM) em parceria com a Associação dos Pescadores Amadores de Rondônia (Sopescar). O projeto contou com cerca de 50 voluntários que se reuniram em barcos para promover a limpeza do Rio Candeias, de Rondônia, e neste ano foi atingida a meta de 01 tonelada de resíduos retirados do rio. 

Segundo a Sopescar, os lixos encontrados nos rios são os mais prejudiciais ao meio ambiente, como pneus velhos e eletrodomésticos. Esses lixos demoram mais de 200 anos para se decompor e também geram resíduos químicos prejudiciais ao rio e ao bioma local. 

A Uzzipay que é uma spin-off do Grupo Rovema, promoverá também o plantio de mudas em parceria com outra empresa do grupo, a Sustennutri, onde as árvores vão receber placas com o nome de alguns colaboradores.

Foto - Divulgação

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