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FAO diz que Grande Muralha Verde da África é bom retorno para investidores

Escrito por Neo Mondo | 23 de novembro de 2021

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O reflorestamento e restauração neste cinturão, que se estende por 8 mil km2, estão levando comunidades a plantar árvores resilientes - Foto: FAO/Giulio Napolitano

POR - ONU NEWS / NEO MONDO

 

Análise custo-benefício publicada na Sustentabilidade Natural mostra retorno em médio de 20% para cada dólar investido num projeto de restauração do solo apesar de condições climáticas adversas

  Um programa de combate à desertificação, na Região do Sahel, na África, está mostrando resultados contra a mudança climática e a favor de investidores. A afirmação consta de um estudo liderado pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, FAO, sobre o impacto do projeto Grande Muralha Verde, GGW na sigla em inglês.

Contextos

Para cada dólar investido, houve um retorno de US$ 1,20 em projetos de contenção da degradação que foram do Senegal no oeste, ao Djibuti no leste.  Em alguns casos, os resultados variavam de US$ 1,1 a US$ 4,4. O coordenador da Divisão de Florestas da FAO, Moctar Sacande, afirma que é preciso mudar a retórica sobre a região. Para ele, é necessário mostrar que apesar de um solo seco e árido, é possível restaurar o solo e obter lucros. O estudo utilizou dados por satélite e no terreno para mapear a degradação ambiental entre 2001 e 2018. A partir daí, comparou-se os custos e os benefícios de restauração do solo com base em diferentes cenários adaptados aos contextos locais.

Acácia

O reflorestamento e restauração neste cinturão, que se estende por 8 mil km2, estão levando comunidades a plantar árvores resilientes e espécies como a Acácia Senegal que gera borracha árabe usada em bebidas. E outras espécies que ajudam com fertilizantes para o cultivo de um tipo de milho e forragem animal. Com o apoio da FAO, mais de 500 comunidades estão melhorando oportunidades de rendas e segurança alimentar.  Um total de US$ 20 bilhões foi prometido como apoio incluindo US$ 14,3 bilhões na Cimeira para Biodiversidade, Um Planeta. Por causa de conflitos armados, metade da área envolvida no projeto permanece inacessível por razões de segurança.
Refugiados em Minawao, no nordeste dos Camarões, plantam árvores em uma região que foi desmatada devido às mudanças climáticas e à atividade humana - Foto:  Acnur/Xavier Bourgois

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