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Novo recorde no Ártico faz soar o alarme sobre mudança climática

Escrito por Neo Mondo | 16 de dezembro de 2021

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A perda das camadas de gelo acelera o aquecimento global - Foto: NASA/Kathryn Hansen

POR - ONU NEWS / NEO MONDO

 

Agência da ONU, OMM, confirma temperatura histórica de 38 ° C registrada em cidade da Sibéria no ano passado; verão de 2020, na região teve média de 10 ° C acima do normal; agência continua verificando possíveis recordes nos Estados Unidos e na Itália

  A Organização Meteorológica Mundial, OMM, confirmou que o registro da temperatura de 38 ° C numa cidade siberiana, no ano passado, foi um recorde no Mar Ártico. De acordo com a agência das Nações Unidas, em 20 de junho, ocorreu uma longa onda de calor em Verkhoyansk, que perdurou em grande parte do verão do Ártico, na Sibéria.

Mudança

Falando à ONU News, de Genebra, o diretor de Serviços e Desenvolvimento da OMM, Filipe Lúcio, comentou o recorde. O Ártico é uma das regiões do mundo, onde o aquecimento é o mais rápido, tendo atingido o dobro do aquecimento global. A média nas temperaturas sobre o Ártico na Sibéria alcançou mais de 10 graus Celsius acima do normal, na maior parte de 2020, tendo alcançado queimadas devastadoras e perdas de grandes massas de glaciares no oceano. Tudo isto são manifestações do impacto das mudanças climáticas." Para o secretário-geral da OMM, Petteri Taalas, o novo registro do Ártico acontece ao mesmo tempo que uma série de investigações simultâneas sem precedentes. E sem a mudança climática, o recorde não teria ocorrido.

Recorde

Os investigadores do Arquivo de Extremos de Tempo e Clima observaram que o Ártico estava esquentando quase o dobro da média global. Em 2020, a Antártida teve um novo recorde de temperatura de 18,3 ° C. Especialistas verificam leituras de 54,4 ° C no Vale da Morte, no estado norte-americano da Califórnia, que detinha o recorde de lugar mais quente do mundo. E um novo ápice europeu de 48,8 ° C na Sicília em agosto de 2021 deve ser confirmado em breve. A OMM notou ainda os recentes eventos meteorológicos nos Estados Unidos, onde o Arquivo de Temperatura e Clima Extremo manteve dados sobre diversos fenômenos, incluindo tornados e mortalidade.

Tornados

O maior número de óbitos num tornado foi de 1,3 mil pessoas, após um evento em Bangladesh em 1989. Já a maior distância percorrida por uma ocorrência do fenômeno foi de 352,4 km em 3,5 horas nos Estados Unidos em 1925. Em 10 e 11 de dezembro deste ano, mais de 30 tornados foram relatados nos estados de Arkansas, Illinois, Kentucky, Missouri, Mississippi e Tennessee. Nos seis eventos ocorridos durante a noite houve pelo menos 80 mortos. A OMM citou uma investigação sobre o frio extremo observado, recentemente, nos países nórdicos. A agência tem apurado se a corrente está enfraquecendo, fazendo com que encurvasse em certos lugares e que as massas de ar ártico caíssem para latitudes mais baixas para permanecer por longos períodos.

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