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Regulamentação do mercado de créditos de carbono vai estimular empresas a investir na gestão de resíduos sólidos

Escrito por Neo Mondo | 16 de novembro de 2021

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POR - REDAÇÃO NEO MONDO

 

Levantamento inédito feito pela Orizon Valorização de Resíduos mostra que 5% de gás metano produzido pelo país vem de aterros sanitários e lixões

  A valorização de resíduos, uma solução possível para o lixo, também ajuda a minimizar o problema do aquecimento global. O tema esteve em destaque na COP 26, em Glasgow, na Escócia, e reflete uma realidade que pode contribuir com a mudança do cenário de mudanças climáticas no Brasil. Palestrante da conferência mundial, o CEO da Orizon Valorização de Resíduos, Milton Pilão compara o crédito de carbono gerado pela preservação da Floresta Amazônica com aquele que advém da valorização do lixo. Segundo ele, ambos são igualmente importantes para a redução dos gases que contribuem para o efeito estufa. Um levantamento inédito feito pela companhia e apresentado em Glasgow mostra os problemas de saneamento no país, uma grande fonte de produção de gás metano, respondem pelo equivalente a 90MtCO2eq por ano. No recorte para o tratamento e o beneficiamento dos resíduos sólidos gerados por mais de 200 milhões de habitantes, há um impacto de 64 MtCO2eq por ano, advindo dos aterros sanitários e lixões, o que representa 5% de todo o total gerado no Brasil. “Somos ‘donos’ de grande parte da maior reserva florestal do mundo, a Amazônia, e também temos os importantes desafios na área de saneamento, na agenda urbana de desenvolvimento, sendo o 5º maior emissor de gás metano do mundo. Esses dois pilares têm igual magnitude e relevante impacto ao meio ambiente”, avalia o executivo. Pilão afirma que é importante criar mais equilíbrio entre os valores dos créditos de carbono gerados na agenda do saneamento e da floresta. “Quando o crédito de carbono gerado através da captura do gás metano que sai da decomposição do resíduo ganha valor e financiamento pelos mecanismos de compensação, há uma sustentabilidade econômica necessária para empurrar a iniciativa privada neste caminho, com a prioridade e velocidade. O país ainda convive com quase 3 mil lixões clandestinos – quase 45 milhões de toneladas por ano de resíduos são despejados ilegalmente em locais sem qualquer proteção ao meio ambiente, uma questão social, de saúde pública, e que representa um crime ambiental. Pilão explica que a partir do lixo é possível gerar energia limpa, biogás renovável, reciclados e crédito de carbono.
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