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Sustentabilidade na cadeia do ômega-3 e qualidade nutritiva para o consumidor

Escrito por Neo Mondo | 21 de janeiro de 2022

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Ômega-3 em cápsulas - Foto: Pixabay

ARTIGO

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POR - CYNTIA MOREIRA*, PARA NEO MONDO

  Diversas pesquisas já apontaram que o ômega-3 tem grande importância para o bom funcionamento do corpo humano, sendo importante para a manutenção da saúde dos olhos e do cérebro. Além disso, ainda pode ajudar na prevenção de doenças inflamatórias, cardiovasculares, cognitivas e distúrbios psicológicos, seus benefícios são apontados por diversas referências científicas. As recomendações sobre a quantidade necessária de Omega-3 EPA/DHA variam de país para país e do benefício desejado. Na maioria das vezes, variam de 250 a 1000 mg por dia. Aqui no Brasil, segundo a atual Instrução Normativa do Ministério da Saúde número 28 para o segmento de suplementação, a dose recomendada é de até 2g por dia. No entanto, nem sempre conseguimos ingerir essa quantidade na dieta habitual, que pode não conter fontes ricas desse nutriente, como peixes e algas. Por isso, vem aumentando a busca para suprir a falta desse nutriente por meio do consumo de suplementos que o contenham em uma concentração maior, seja cápsulas de ômega-3 EPA/DHA, ou em alimentos enriquecidos, como iogurtes, leites, pães, entre outros. A preocupação com a origem dos alimentos e a sustentabilidade em seu manejo tem se tornado cada vez maior. E com as fontes de ômega-3 EPA/DHA não é diferente. Nesse sentido, a BASF tem o compromisso de oferecer para a indústria os óleos da melhor qualidade, extraídos de maneira sustentável e que forneçam benefícios nutritivos para o consumidor final. Uma das suas fontes se dá pelo manejo de anchovas na costa do Peru, respeitando todas as regras impostas pelo Ministério da Produção do país. O manejo das anchovas é feito entre maio e julho e novembro e janeiro, meses que estão fora da temporada de reprodução desses animais. Além disso, são usadas apenas anchovas com tamanho a partir de 12 cm, e que estejam de 5 a 200 milhas de distância da costa. Após a pesca, os fornecedores controlam o TBVN (base total de voláteis nitrogenados) para garantir a qualidade do óleo que será extraído. Cada peixe tem até 30 horas para ser processado antes de começar a sua degradação. Após o desembarque do pescado dos barcos, segue para o armazenamento de peixes (em piscina com 0° C). Em seguida, o peixe vai para cocção a 95° C durante 15 minutos para reduzir a carga bacteriana. Depois desses processos para manter a conservação nas primeiras horas após a pesca, o óleo é retirado e se coleta uma amostra para avaliar a qualidade de EPA/DHA, (eicosapentaenoico e docosahexaenoico, respectivamente), principais ácidos graxos que devem estar presentes no ômega-3. Quando aprovado, é enviado para as indústrias sem adição de qualquer substância. É importante o consumidor ter ciência de que as concentrações dos ácidos graxos, EPA e DHA, não são sempre as mesmas. Elas variam bastante de peixe para peixe, dependem da espécie da qual são extraídos e do território onde o animal vive. Por esta razão as indústrias assumem o papel de padronização do produto que é entregue às produtoras de suplementos dietarios e/ou de alimentos fortificados. Cada passo de todo esse processo é fundamental para manter a qualidade do ômega-3 até que seja consumido. Caso contrário, ele pode perder seu valor nutricional, seja devido à desintegração do peixe em algum momento após a pesca, ou até mesmo pela baixa qualidade já existente antes mesmo de ser processado. Vale lembrar também que, apesar do fato de que a maior parte do Ômega-3 seja extraída dos peixes, a indústria também pode contar o produto originado da alga, como alternativa vegana fornecida pela BASF.
*Cintia Moreira é engenheira de alimentos e gerente técnica do negócio de Nutrição Humana da BASF.
Anchovas - Foto: Pixabay

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