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Geração Beta: o futuro do mercado de trabalho e a responsabilidade dos empresários 

Escrito por Neo Mondo | 15 de fevereiro de 2025

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Foto: Divulgação

ARTIGO

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Por- Conrado Santos*, articulista de Neo Mondo

Eu estava lendo sobre a Geração Beta e resolvi refletir sobre o impacto que ela terá no mundo corporativo. Como alguém da Geração X (sim, eu sou dos anos 70!), tenho visto de perto como cada geração transforma o mercado de trabalho à sua maneira. E agora, com a chegada dos Beta, nascidos a partir de 2025, sinto que estamos diante de uma mudança ainda mais profunda. 

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Esses jovens serão a primeira geração a crescer totalmente imersa em um mundo onde a inteligência artificial (IA) é tão natural quanto respirar. Mas, ao contrário do que muitos pensam, o desafio não é apenas sobre tecnologia. É sobre valores, relações humanas e a transformação do mundo do trabalho. E aqui está a grande questão: como nós, empresários e líderes, podemos nos preparar para receber uma geração que já nasce com uma visão completamente diferente do que é prioridade na vida? 

A resposta está em entender que o futuro não é apenas sobre inovação tecnológica, mas sobre inovação humana. E isso exige uma mudança de mentalidade urgente. 

As Gerações e Suas Relações com o Trabalho

Cada geração trouxe consigo uma forma única de enxergar o mundo e o trabalho: 

- Baby Boomers (1946-1964): cresceram em um mundo pós-guerra, onde o trabalho era sinônimo de estabilidade e dedicação. A carreira era uma jornada linear, e o sucesso era medido por títulos e conquistas materiais. 

- Geração X (1965-1980): essa é a minha geração! Vimos o surgimento da tecnologia e começamos a questionar o equilíbrio entre vida pessoal e profissional. Para nós, o trabalho era importante, mas não podia consumir tudo. 

- Millennials (1981-1996): trouxeram a busca por propósito. Para eles, o trabalho precisa fazer sentido, e as empresas devem ter um impacto positivo no mundo. 

- Geração Z (1997-2012): cresceram em um mundo digital e hiperconectado. Valorizam a flexibilidade, a diversidade e a autenticidade. 

- Geração Alpha (2012-2024): ainda estão se formando, mas já mostram uma forte conexão com a tecnologia e uma preocupação natural com questões sociais e ambientais. 

E agora, a Geração Beta chega para desafiar ainda mais o status quo. Eles não só dominarão a IA como também buscarão usá-la para fortalecer as relações humanas, promover a colaboração e criar um mundo mais justo e sustentável. 

foto mostra 3 pessoas da geração z trabalhando, o que esperar da geração beta?
Foto: Divulgação

O Que a Geração Beta Espera do Mercado de Trabalho? 

A Geração Beta não vai se contentar com empregos que apenas pagam as contas. Eles vão buscar: 

1 - Propósito: empresas que tenham uma missão clara e que contribuam para o bem-estar da sociedade e do planeta. 

2 - Flexibilidade: um ambiente de trabalho que respeite sua individualidade e permita equilíbrio entre vida pessoal e profissional. 

3 - Inovação Humana: tecnologia sim, mas sempre a serviço das pessoas. Eles vão priorizar a empatia, a colaboração e a criatividade. 

4 - Sustentabilidade: ações concretas para reduzir o impacto ambiental e promover a justiça social. 

E aqui está o ponto crucial: as empresas precisam se adaptar agora. Não dá para esperar que a Geração Beta chegue ao mercado de trabalho para só então repensar modelos ultrapassados. A transformação precisa começar hoje. 

A responsabilidade dos empresários

Na Consciência S/A, acreditamos que os líderes e empresários têm um papel fundamental nessa transição. Eles são os arquitetos do futuro do trabalho e precisam: 

1 - Repensar a Cultura Organizacional: criar ambientes onde a diversidade, a inclusão e o bem-estar sejam prioridades. Afinal, como sempre digo, Felicidade Corporativa não é um luxo, é uma necessidade. 

2 - Investir em Desenvolvimento Humano: oferecer treinamentos que vão além das habilidades técnicas, focando em inteligência emocional, colaboração e pensamento crítico. Para mim, o amor nos negócios começa quando valorizamos as pessoas acima de tudo. 

3 - Integrar Tecnologia e Humanidade: usar a IA e outras ferramentas para ampliar o potencial humano, não para substituí-lo. Acredito que a espiritualidade nas empresas está em reconhecer que somos mais do que máquinas. 

4 - Promover Sustentabilidade e Impacto Social: adotar práticas ESG (Environmental, Social, and Governance) de forma genuína e transparente. Para nós, cada ação deve gerar um impacto positivo no mundo. 

O Interrelacionamento entre Gerações

Um dos maiores desafios (e oportunidades) é a convivência entre gerações tão diferentes. Baby Boomers, Millennials, Geração Z e, em breve, a Geração Beta vão compartilhar o mesmo espaço de trabalho. E isso é incrível! Cada geração traz consigo conhecimentos, experiências e perspectivas únicas. 

Na Consciência S/A, acreditamos que a chave está em criar pontes, não muros. Empresas que souberem valorizar o que cada geração tem a oferecer vão se destacar. Imagine o potencial de um time onde a experiência dos Baby Boomers se une à criatividade dos Millennials, à agilidade da Geração Z e à visão inovadora da Geração Beta. 

Transformando o mundo do trabalho juntos 

O futuro já chegou, e ele se chama Geração Beta. Mas não é só sobre eles. É sobre todos nós. Cada geração tem um papel crucial nessa transformação. Não importa se você é um líder experiente, um jovem profissional ou um empreendedor em ascensão: o momento é agora. 

E aí, vamos juntos nessa transformação?

*Conrado Santos é CO e CHO (Chief happiness officer) da Consciência S/Aum entusiasta na busca pela Espiritualidade na vida e nos negócios. Empresário, profissional de marketing e voluntário no Grupo Espírita Cairbar Schutel, Folha Espírita e AME-SP.

foto de conrado santos, autor do artigo Geração Beta: o futuro do mercado de trabalho e a responsabilidade dos empresários
Conrado Santos – Foto: Divulgação

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