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Projeto já reciclou 260 toneladas de resíduos orgânicos em dois anos no Rio

Escrito por Neo Mondo | 8 de abril de 2018

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POR - ONU / NEO MONDO

Ao perceber que muitas pessoas se incomodavam com o resíduo orgânico e buscavam uma solução para dar o destino correto na hora do descarte, idealizador do ‘Ciclo Orgânico’ começou a oferecer o serviço de coleta e compostagem desse material

Só na cidade do Rio de Janeiro, o orgânico representa pouco mais da metade de todos os resíduos produzidos. Iniciativa amplia ação em prol de um dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas, mais especificamente o que busca assegurar padrões de produção e de consumo sustentáveis. Um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas é assegurar padrões de produção e de consumo sustentáveis – o objetivo 12 entre os 17 que precisarão ser cumpridos até o prazo máximo de 2030 por todos os 193 países da ONU. Para alcançar essa meta, um caminho a ser seguido é a diminuição da geração de resíduos por meio da prevenção, reciclagem e reúso.
CICLO1Foto: UNIC Rio/Brenno Felix
Muitas vezes, a reciclagem é associada a materiais como plástico, papel, metal e vidro. No entanto, o que muitas pessoas ainda desconhecem é que o resíduo orgânico – constituído principalmente de restos de alimentos – também pode ser reciclado e transformado em adubo orgânico por meio de um processo chamado compostagem. Uma iniciativa de compostagem que vem conquistando moradores da cidade do Rio de Janeiro é o ‘Ciclo Orgânico’, idealizado pelo engenheiro ambiental Lucas Chiabi. Ao perceber que muitas pessoas, assim como ele, se incomodavam com o resíduo orgânico e buscavam uma solução para dar o destino correto na hora do descarte, Lucas começou a oferecer o serviço de coleta e compostagem desse material.
CICLO4Foto: UNIC Rio/Brenno Felix
“Muita gente acha que o orgânico não é reciclável porque a compostagem é pouco difundida e não é tão comum quanto a reciclagem dos outros materiais. Quando a pessoa percebe a quantidade de resíduos que ela gerou, começa a se dar conta de que resíduo era esse e de como ela consome”, conta Lucas ao Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil (UNIC Rio). Ele acrescenta que, na cidade do Rio de Janeiro, o orgânico representa pouco mais da metade dos resíduos produzidos. O cliente do Ciclo recebe um pequeno balde com capacidade de 10 litros e um saco plástico biodegradável – feito de milho e batata – para depositar o resíduo orgânico, que é recolhido semanalmente e transportado de bicicleta para o ponto onde é feita a compostagem.
CICLO3Foto: UNIC Rio/Brenno Felix
Atualmente, o processo acontece no Parque do Martelo, no Humaitá, zona sul do Rio de Janeiro. Lucas utiliza o local e, em contrapartida, metade do adubo fica para a associação de moradores que faz a gestão do espaço. No final do mês, os usuários do Ciclo Orgânico recebem um e-mail informando a quantidade de resíduo que foi descartada, a quantidade de adubo que foi produzida e a quantidade de emissões de CO2 que foram evitadas. Isso acaba gerando uma reflexão sobre o que é consumido e um entendimento de que o resíduo orgânico tem valor e pode ser aproveitado.  

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