Pôr do sol em lagoa do circuito Betânia, em Santo Amaro do Maranhão — Foto: Celso Tavares/G1
POR – REDAÇÃO NEO MONDO
A Embratur e o Instituto Semeia assinaram, nesta terça-feira (18), um Acordo de Cooperação Técnica (ACT). A organização filantrópica trabalha para promover a visitação e potencializar o desenvolvimento socioeconômico sustentável de parques e unidades de conservação do Brasil.
O acordo é voltado para ações conjuntas de promoção internacional de produtos e experiências de turismo de natureza nos destinos brasileiros. O turismo de natureza é uma alternativa às ações educativas e de conservação do meio ambiente.
A assinatura aconteceu na sede da Embratur, em Brasília, logo após uma reunião entre a diretora executiva do Semeia, Renata Mendes, e a diretora de Marketing Internacional, Negócios e Sustentabilidade da Agência, Jaqueline Gil.
Depois da solenidade, houve um workshop do Programa Conexão Embratur com transmissão online falando sobre parques nacionais e tratando da promoção de produtos e experiências de turismo de natureza, em parques e unidades de conservação do Brasil.
A coordenadora de Conhecimento no Instituto Semeia, Mariana Haddad, ministrou palestra com o tema ‘Conexão: Parques do Brasil: Perspectivas e Potencial para a Promoção Internacional’.
O turismo de natureza é uma alternativa para a diversificação dos destinos brasileiros no exterior. Além disso, uma série de pesquisas mostra o crescimento do interesse de turistas de outros países em destinos de aventura e ecoturismo. Um estudo da Penta, encomendado pela Embratur, mostra essas duas categorias em terceiro e quinto lugares entre os nichos mais frequentes em viagens internacionais.
No mesmo estudo, ao responder os principais motivos de viagem ao país, 28% dos entrevistados falaram de natureza e biodiversidade. Em outro levantamento, da GlobalData, a procura dos turistas internacionais por destinos nacionais em ecoturismo aparece com 24%, enquanto a procura pelo mesmo tema no restante do mundo fica com 19%, confirmando que o turismo de natureza e o tema da sustentabilidade estão entre os principais motivos de viagem ao Brasil.
Belezas naturais
E para completar, uma pesquisa realizada pela empresa Bounce, no início deste ano, aponta o Parque dos Lençóis Maranhenses como segundo colocado na lista dos 10 mais bonitos do mundo.
No ano passado, o jornal americano The New York Times elegeu os Lençóis e Manaus como dois dos 52 melhores destinos para se visitar em 2023.
O presidente da Embratur, Marcelo Freixo, destaca a importância do turismo de natureza para o Brasil. “Hoje, não dá pra fugir do debate do aquecimento global. E o turismo de natureza é uma forma de promovermos uma viabilidade econômica para que nossas florestas, nossas matas, tenham mais valor de pé, conservadas, contribuindo com os esforços para conter as mudanças climáticas. É um modelo econômico de sustentabilidade que garante à população de uma região que proteja o meio ambiente e, a partir do turismo, consiga girar a economia e garantir desenvolvimento, emprego e renda”, afirma.
“Os nossos parques naturais têm como missão conservar a biodiversidade brasileira e promover o uso público, incentivando o contato das pessoas com a natureza”, explica a diretora executiva do Instituto Semeia, Renata Mendes. “Sabendo disso, nosso trabalho se baseia em potencializar o ciclo virtuoso das unidades de conservação, onde o turismo e a visitação em parques, a conservação da natureza e a geração de impactos socioeconômicos se conectam. Acreditamos que, depois de visitar e ter uma experiência positiva em um parque natural, as pessoas se sensibilizam com a importância de sua preservação”, destaca.
“Além disso, os visitantes têm a oportunidade de consumir produtos e serviços oferecidos pela comunidade local, impulsionando o desenvolvimento socioeconômico de maneira sustentável. Uma pesquisa nacional lançada recentemente pelo Semeia aponta que mais de 70% da população brasileira reconhece os benefícios ambientais e socioeconômicos do turismo para os parques e seus entornos”, completa Renata Mendes.
Cooperação técnica
O acordo assinado pela Embratur e o Semeia entra em vigor hoje (18) e tem duração de 12 meses, podendo ser prorrogado a critério das partes, por termos aditivos.
O documento tem, como uma de suas cláusulas, a divulgação e o estímulo ao uso da Marca Brasil em empreendimentos, equipamentos e na prestação de seus serviços, e também prevê o compartilhamento de dados, estudos, informações e outros conteúdos que contribuam para o desenvolvimento das atividades e do segmento.
Caberá à Embratur, dentre outras exigências, apoiar a participação do Semeia em ações de promoção do turismo em parques e unidades de conservação, no âmbito dos segmentos relacionados ao turismo de natureza, nos mercados estratégicos internacionais.
A Agência também fica incumbida de apoiar e participar de atividades promovidas pela entidade conforme cronograma de ações previsto no Plano de Trabalho e em planejar, em conjunto, ações de promoção internacional do turismo de natureza.
Ficará a cargo do Semeia compartilhar dados, estudos e informações e outros conteúdos específicos para organização que contribuam para o desenvolvimento das atividades e do segmento – inclusive materiais multimídia que ajudem a promover os parques brasileiros em diferentes frentes, como redes sociais, imprensa e campanhas publicitárias.
O instituto também ficará responsável por promover workshops de capacitação com colaboradores da Embratur a fim de que conheçam mais sobre turismo de natureza e o potencial existente nos parques e unidades de conservação do Brasil.
Outro tópico importante dentre as obrigações do contrato é a contribuição do Semeia para a formação de uma rede de contatos, que terá o intuito de fortalecer e potencializar as iniciativas em prol do desenvolvimento de atividades turísticas nos parques e unidades de Conservação com o foco na promoção internacional nos mercados estratégicos.
Entre os resultados esperados com o ACT está impulsionar o aumento do número de visitantes internacionais aos parques brasileiros e o fortalecimento da cultura do turismo nesses espaços, além da diversificação das atividades e experiências oferecidas aos visitantes de outros países nesses locais.