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O que as chuvas nos ensinam sobre circularidade?

Escrito por Neo Mondo | 28 de maio de 2024

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Chuvas castigam o Rio Grande do Sul, bairro de Mathias Velho tomado pela água em Canoas — Imagem: Diego Vara/Reuters

ARTIGO

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Por – Edson Grandisoli*, especial de Neo Mondo

As notícias sobre eventos climáticos no Brasil e no mundo se tornam cada vez mais frequentes. Em 2023, o Brasil teve um recorde de desastres causados por eventos climáticos extremos. Estes eventos incluem a seca histórica na Amazônia, ventos devastadores em diferentes regiões do estado de São Paulo e recordes atrás de recordes de temperaturas elevadas e pluviosidade, até o que está acontecendo hoje no sul do País.

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Em abril de 2024, o Brasil registrou chuvas acima da média e calor, com acumulados de chuvas que ultrapassaram a média histórica nos estados da Bahia, Rio Grande do Sul, Pará e Maranhão, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia. Estamos vivendo um momento decisivo da nossa história na Terra. Precisamos rever e analisar nossas escolhas até aqui, e como elas têm determinado o destino de milhões de pessoas. 

Precisaremos rever os materiais e a arquitetura que temos utilizado nas moradias, a disposição da rede elétrica, o processo permanente de impermeabilização do solo, o aterramento dos córregos, a supressão de áreas verdes e áreas de proteção permanente (APPs), o uso intensivo de combustíveis fósseis como fonte de energia, a ocupação de áreas de risco, entre tantas outras. Estamos tratando aqui de uma verdadeira e legítima revolução nas formas de ver e estar no planeta.

foto de Edson Grandisoli autor do artigo O que as chuvas nos ensinam sobre circularidade?
Edson Grandisoli - Foto: Divulgação

Acredito em um dos modelos que nos dá várias pistas sobre como construir um presente e um futuro melhor, o da Economia Circular. Os 7 Rs concretizam caminhos para uma ação integrada e corresponsável.

As alternativas para obtenção de energia já existem, mas ainda recebem pouco incentivo para sua adoção em larga escala, colaborando para o chamado phase out do petróleo, uma das principais expectativas da COP 28 que não foi contemplada.

No tocante à mudança climática, em especial, repensar, recusar e reduzir o uso de combustíveis fósseis (petróleo, carvão e xisto) é fundamental – e vale dizer consenso na comunidade científica – para a diminuição das emissões de gases de efeito estufa, que colaboram para o aumento da temperatura média do planeta e para as mudanças no clima. 

*Edson Grandisoli é embaixador e coordenador pedagógico do Movimento Circular, Mestre em Ecologia, Doutor em Educação e Sustentabilidade pela Universidade de São Paulo (USP), Pós-Doutor pelo Programa Cidades Globais (IEA-USP) e especialista em Economia Circular pela UNSCC da ONU.

foto de economia circular, remete ao artigo O que as chuvas nos ensinam sobre circularidade?
Imagem: Divulgação

 

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