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Indústria química se empenha em mudar o estigma de elevado impacto ambiental de suas operações

Escrito por Neo Mondo | 3 de outubro de 2018

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POR - ELENI LOPES, PARA COALIZÃO VERDE (1 PAPO RETO, CENÁRIO AGRO e NEO MONDO)

 
O ICCA - Conselho Internacional de Associações Químicas divulgou documento que sela o compromisso do setor com o Acordo de Paris.
A indústria química está em nosso dia a dia por meio de produtos de alta demanda e escala, como tintas, produtos farmacêuticos, plásticos, fertilizantes, têxteis e muitos outros. No entanto, o seu modelo de produção, salvo exceções, ainda se caracteriza por tecnologias e processos obsoletos, poluentes e intensivo uso de energia elétrica e recursos naturais. O risco ambiental é intrínseco às suas operações. Inúmeros são os acidentes ambientais envolvendo o setor em vários países, desde problemas relacionados ao processo produtivo, ao armazenamento, transporte e manipulação de matérias primas e produtos até a geração e disposição final de resíduos tóxicos. Diante deste complexo cenário de operações com elevado impacto ambiental e de crescente pressão por iniciativas efetivas de redução de impacto ambiental, o Conselho Internacional de Associações Químicas tornou pública sua Declaração sobre Políticas Clímaticas, um documento que sela o compromisso do setor com o Acordo de Paris (acesse o documento na íntegra AQUI. “Estamos comprometidos em utilizar as matérias-primas mais eficientes em termos de recursos, econômica e tecnicamente viáveis à medida que nossa indústria cresce para atender à crescente demanda por produtos, materiais e inovações”, atesta o documento. Na declaração, o Conselho Internacional de Associações Químicas se compromete a apoiar diversas políticas climáticas, entre elas as medidas que:
  • Alcancem reduções líquidas globais de gases de efeito estufa (GEE) e evitem a mudança de emissões entre regiões ou países - conhecido como vazamento de carbono
  • Incluam sistemas transparentes de monitoramento, relatórios e verificação (MRV)
  • Incentivem o uso de produtos e tecnologias com eficiência energética
  • Incorporem estratégias de mitigação e adaptação
  • Reconheçam o papel do carbono e das matérias-primas de base biológica na criação de produtos essenciais
  • Incentivem a integração de políticas climáticas e energéticas
No Brasil, o setor químico é composto por cerca de 4 mil empresas de pequeno, médio e grande portes, que juntas tiveram o faturamento líquido de US$ 119,6 bilhões em 2017, de acordo com dados da Abiquim (Associação Brasileira da Indústria Química).

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