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Escrito por Neo Mondo | 3 de março de 2018
POR - WWF / NEO MONDO
Hoje sábado (3) é comemorado o Dia Mundial da Vida Selvagem. A data, criada em 2013 pela ONU, serve para que o mundo todo, em especial instituições voltadas para a conservação, voltem seus olhos para as espécies mais ameaçadas da natureza
Em 2018, o foco da data será nos grandes felinos e a ONU receberá representantes do mundo todo em Nova York para debater sobre o assunto. O evento, de alto escalão, delimita a “Jaguar 2030 New York Declaration”, que reconhece a importância do investimento na conservação da espécie e de seus habitats para melhorar os esforços mais amplos de gerenciamento de recursos naturais, fortalecimento dos meios de subsistência da comunidade e atingimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. O Brasil falará no evento sobre esta importância de incluir a onça-pintada como uma das espécies prioritárias da conservação mundial, sendo o país representado por membros do Ministério do Meio Ambiente e do Centro Nacional de Pesquisas e Conservação de Mamíferos Carnívoros (Cenap/ICMBio). A rede WWF, juntamente com as ONGs Panthera e Wildlife Conservation Society (WCS) apoiam a organização do encontro.
Ameaça à onça-pintada Listada pelo ICMBio como ameaçada de extinção e presente na lista vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza, a onça-pintada é considerada uma predadora topo de cadeia e a degradação de seu habitat natural é umas das principais ameaças a sua vida. “A magnífica onça-pintada é o predador mais poderoso das Américas e sua sobrevivência tem impactos em seu habitat e comunidades. Conservar a espécie resultará com êxito na conservação de sua floresta e habitats de pastagens com seus múltiplos benefícios, incluindo mitigação das mudanças climáticas e sustentando os estilos de vida e culturas das comunidades locais e indígenas que vivem em paisagens de onças”, comenta a dra. Elizabeth Bennett, vice-presidente da WCS. No Brasil, ela está presente em praticamente todos os estados, sendo classificada como espécie vulnerável na Amazônia e no Pantanal, ameaçada de extinção no Cerrado e criticamente ameaçada na Mata Atlântica e na Caatinga. Esse fato reforça que mais de 50% de seu habitat natural foi perdido.
“Este evento prepara o cenário para uma mudança dinâmica e progressiva para salvar este grande gato em perigo. Os países onde a onça vive agora têm uma chance, através de uma maior colaboração regional, garantindo paisagens de onças, combatendo a caça furtiva e conflito humano para registrar uma vitória histórica para o maior gato da América", completa a dra. Margaret Kinnaird, líder de Prática da rede global do WWF.
Pantanal Estima-se que o Pantanal possui 6,5 a 6,7 indivíduos de onça-pintada a cada 100 km², ou seja, três mil onças restam no total na região, conforme pesquisas do Workshop sobre Espécies da Paisagem do Pantanal, organizado pela WCS em Corumbá, em 2003. Na região, o WWF-Brasil atua na preservação do habitat do animal, por meio do Programa Cerrado Pantanal.Em parceria com a Fundação Vida Silvestre da Argentina, o WWF-Brasil já comemora um aumento de cerca de 30% na quantidade de indivíduos desde 2014 no Parque Nacional do Iguaçu. As informações são do projeto Carnívoros do Iguaçu e do Instituto de Biologia Subtropical da Argentina, nucleado no Proyecto Yaguareté.
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